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E agora, a guerra!

Caros amigos, a recente guerra travada pela Rússia contra a Ucrânia representa, antes de tudo, uma grande tragédia humanitária. Se não estiver equivocado, desde o final 2º Guerra Mundial (1939/1945) não se tinha notícias de um conflito com tais características no continente Europeu. Previsões estimam 4 milhões de refugiados da Ucrânia (a grande maioria crianças) e milhares de mortes em razão do referido combate que ainda não tem data prevista para acabar.
Contudo, e além de estarmos diante de uma tragédia humanitária cujos danos ainda são inestimáveis, o referido conflito armado também provocará impactos na economia Mundial, a qual vinha apresentando melhoras em decorrência dos impactos negativos provocados pela pandemia do Coronavírus. Evidentemente que tais impactos dependem da continuidade o do agravamento do conflito, mas é bom lembrar que a Rússia é responsável por boa parte da produção mundial de bens estratégicos como gás, petróleo, grãos e fertilizantes, os quais são consumidos/compradores por diversos Países.
E neste sentido o Brasil também deverá sofrer impactos na sua economia em decorrência da referida guerra, em especial no tocante a um possível crescimento da inflação (IPCA) em razão do aumento de preços de alguns produtos, a exemplo do que pode acontecer com o combustível em decorrência do preço do Petróleo que tem disparado no mercado mundial.
Já não bastasse, é bom lembrar que o Brasil importa considerável percentual de fertilizantes da Rússia, sendo que o falta ou aumento do referido insumo poderá ter impacto direto no agronegócio Brasileiro, em especial no preço das referidas “commodities” ao consumidor final. Necessário consignar que o agronegócio Brasileiro representa aproximadamente 25% do PIB Nacional.
Por fim, e sem qualquer prejuízo do acima exposto, trago para reflexão uma frase atribuída a Jean Paul Sartre: “Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem”.

César Ongaratto

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