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Vacinação até setembro, será que dá?

O governo do Rio Grande do Sul anunciou uma ousada meta de vacinar toda a população gaúcha até o final do mês de setembro com a primeira dose da imunização contra a covid-19. Uma grande notícia, claro, se não for eleitoreira. Vamos torcer para que realmente seja possível alcançar essa meta.
Na prática, porém, a realidade não é bem como anseia o governo. Os municípios gaúchos terão pela frente um desafio significativo para cumprir essa meta. E é um esforço que não depende apenas deles.
Será necessário ampliar em 85% a média diária de imunizações, se compararmos à média registrada ao longo do mês de maio no painel que monitora o avanço da vacinação do estado. Ainda de acordo com a secretaria estadual da Saúde, cerca de 3,3 milhões dos 8,9 milhões de gaúchos tomaram a primeira dose, o que significa um número baixo de imunizados. É preciso acelerar, e muito, a campanha de vacinação, pois estima-se que seja necessário um percentual próximo a 70% de imunizados para inibir a circulação do vírus.
Há outros fatores igualmente desafiadores para se alcançar a meta até setembro. A garantia de insumos para a fabricação das vacinas é um dos principais desses fatores. Sem vacina, não tem como imunizar o chamado rebanho (não gosto dessa expressão, mas virou moda). Outro fator é o engajamento da população para se imunizar contra o vírus. Acredite, mesmo que você esteja na expectativa para ser vacinado, há quem ainda resiste em tomar a vacina.
Se houver vacinas à disposição, com certeza, capacidade para dar conta do ritmo de aplicações não falta. O Rio Grande do Sul, assim como, aqui, em Garibaldi, por exemplo, vacinam muito bem, com um engajamento igualmente satisfatório.
Só a vacinação vai mudar esse cenário devastador causado pelo vírus. Precisamos entender isso.

 

Bom final
de semana

Julmei Carminatti

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