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A solução é a especialização

Estamos entrando numa fase de transição muito importante para a economia mundial.
Há tempos já se ouvia falar da era da informática. Essa era já passou e estamos vivendo o momento da era virtual, isto é: a evolução já ultrapassou a informática em todas as coisas menos na criação de fatos novos para o aproveitamento dessa nova tecnologia.
Baseado nisso é que afirmo ser muito difícil a geração de novos empregos em significativa quantidade para poder absorver toda a mão de obra que perdeu seus empregos a partir de 2016.
Então, o que resta aos cidadãos em idade de exercer alguma atividade, é a especialização em algo, ou em uma função. Naturalmente, esses serviços tendem a ficar mais caros para que quem trabalha possa também sobreviver, porém, dificilmente ocorrerá nessa nova era a acumulação de pequenas fortunas nas mãos de muitas pessoas. Promoverá isto sim, cada vez mais concentração de renda nas mãos de poucos.
Observa-se isso em todo o mundo. Não é uma particularidade brasileira. Nos países onde a administração pública foi desleixada e não cuidou direito das finanças houve uma queda significativa no seu potencial geral de produção e comercialização de bens. As suas populações empobreceram, pararam de consumir ou reduziram ao estritamente necessário, com isso houve redução na arrecadação tributária sem que gastos públicos fossem contidos aumentando cada vez mais a dívida desses países.
Os grandes investidores internacionais não estão mais vendo vantagens na aplicação de produção de bens de consumo já que em outros mercados especulativos conseguem ganhar muito mais e com muito mais garantidas de receber.
Os países que se endividaram oferecem um bom mercado e isso provoca a alta do Dólar pois esses endividados precisam cada vez mais de financiamentos.
O ruim é quando o Estado não consegue se livrar de alguns pepinos que lhe causa mal estar, principalmente por causa dos acordos políticos. Isso provoca gastos inúteis.
Um exemplo de gasto por nada está na instalação no início dos anos 2000 da comissão do Trem Bala entre São Paulo e Rio de Janeiro que têm em seus quadros quase duzentos CC’s, porém não sai do papel. Esse projeto poderia ser repassado à iniciativa privada como o início da retomada da matriz ferroviária no país, sem custos ao erário. No Rio Grande do Sul, finalmente a ideia da desestatização está fluindo. A transferência da EGR para a iniciativa privada já está acontecendo assim como outras empresas que mais geram cargos do que lucro.
Com as inovações trazidas pela era virtual todo o setor financeiro já pode encolher seus custos pela facilidade e segurança que se tem na manipulação de dados e efetuação de negócios.
Na Agropecuária, muitos equipamentos manuais e uso de mão de obra física está acabando. Então, meus ouvintes. Estamos chegando a uma nova realidade que devemos enfrentar com especialização pessoal; basta vermos o que está sendo apresentado na feira do “Agrodireto”.
Então, não resta outra coisa aos pretendentes de uma vida boa e tranquila é a especialização e para nós, povo, a grande concorrência para estabilizar preços.

Renan Alberto Moroni

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