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Amar ao próximo como a si mesmo

A alegria que vinha tomando conta do mercado e como em todo o país, pelas exportações em alta e os preços aumentando quase que diariamente, parece ter se tornado uma espécie de segundo poder no país.
O preço dos combustíveis iniciaram a onda de aumento que até se manteve relativamente calma até o final do governo Temer; depois o arroz, depois o milho, depois a soja e todos os seus derivados, e da carne que depende desses cereais para alimento dos animais, com preços elevados à estratosfera.
Com o novo sistema implantado no Brasil de economia de mercado os governos já não tem mais como intervir, por isso o mercado é o segundo poder. O exemplo disso foi que bastou o Presidente Bolsonaro substituir o presidente da Petrobrás Roberto Castello Branco pelo General Joaquim Silva e Luna para que o valor das ações da estatal caíssem 21% no mercado, num único dia, pelo medo gerado de que haja troca de sistema no cálculo do preço final desses produtos, reduzindo os lucros dos investidores.
Como é normal num país subdesenvolvido a população de menor poder aquisitivo paga a conta porque seu salário não acompanha a evolução dos preços.
Resumindo: o Brasil é muito grande para esse tipo de economia administrada só por um comando central. Para ter uma economia de mercado como sonha o próprio mercado, Só pode funcionar aqui no Brasil se o país tiver um sistema de governo como nos Estados Unidos, isto é: Sistema confederativo onde cada estado tem sua independência tributária e judiciária com o compromisso de manter todo o território nacional unido. O Regime federativo como temos aqui deixa as maiores decisões para Brasília que não tem como comandar todos os setores administrativos.
Então, a economia de mercado aqui no Brasil só beneficiará os grandes que representam apenas 5% da população e que são os latifundiários e acionistas majoritários de grandes complexos empresariais.
As demais classes sociais dependem, na razão inversa dos seus ganhos mensais, de ações dos governos Federal, estaduais e municipais. Assim só resta a esperança de que o Estado nos defenda com políticas internas simples, mas eficazes para que possamos, pelo menos, ter empregos e vida digna.
Mudando de assunto: Não tivemos as grandes festas carnavalescas com desfiles, bailes etc. etc., porém, as aglomerações se mantiveram e estamos vendo o resultado.
O governador Leite teme o colapso na saúde e com razão. Com tantos infectados em tão curto espaço de tempo, não há como haver atendimento para todos em nível condizente com as necessidades. Já não é nem a falta de leitos e equipamentos. Há falta de pessoas habilitadas para o atendimento.
Parece que as pessoas entenderam que quando foi aplicada a primeira vacina da Covid19 no Brasil já todos estavam imunizados; e não á assim. Está faltando muita responsabilidade e falta de amor ao próximo e a si mesmos. É importante entender que devemos apostar na vida e não na alegria de encontros e festas.
Se houve falha de planejamento do governo federal na negociação de doses da vacina, devemos apenas agora colaborar para que tudo dê certo daqui para a frente.

Renan Alberto Moroni

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