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Aprender pela experiência

Estivemos em uma reunião da Câmara de Vereadores, em Carlos Barbosa, onde nosso amigo, o professor Irani Chies, foi homenageado com o título de Cidadão barbosense. Deixamos aqui nossa homenagem pelo título recebido, merecidamente, e com a aprovação de todos os edis, o que mostra realmente o quanto é estimado no município.
Por outro lado, as contas públicas apresentaram o menor déficit de primeiro semestre desde 2015 (último ano do governo Dilma). Isso indica que País, Estados e Municípios, conseguiram reduzir um pouco seus déficit’s, ou seja, seus gastos em relação às suas receitas. Porém, não foi só isso. Houve também um sensível aumento da carga tributárias que atingiu 35,07% do PIB (produto interno bruto do País).
O resultado disso é que em média no semestre, cada brasileiro, diretamente ou indiretamente contribuiu com impostos na ordem de R$ 11.494. Esse índice mostra que nesses 365 dias de 2019, 128 dias serão trabalhados para pagamento de impostos.
Claro que o valor é muito superior a 12 salários mínimos de R$ 934 (11.208,00) porque muitos ganham mais do que esse valor e alguns, muito mais.
Mesmo assim a economia não está deslanchando e, para que País, Estados e Municípios consigam fazer alguma coisa para a população devem buscar empréstimos no setor financeiro emitindo títulos de garantia que apenas enriquece ainda mais os bancos e os grandes investidores, porém, sem resultar em geração de novas vagas de trabalho com carteira assinada e de forma permanente.
Tanto está difícil que o próprio Banco do Brasil já está anunciando um novo plano de demissão voluntária de funcionários e fechamento de agências. É uma posição completamente contrária à do período entre os anos 70 até 2010 onde o Banco criava novas agências todo o mês, chegando a fazer muita festa na abertura da agência mil.
O Banco do Brasil, de banco comercial de atendimento ao público, acabou, por indicação política (e daí tantos eventos indicando corrupção e até fuga de ex-diretores para o exterior), se tornando um banco de fomento agrícola somente, onde a população em geral não para de se queixar do mau atendimento em suas agências. O mercado financeiro, já cogita uma redução de 0,25% na próxima reunião do Copom e redução de 1% nas taxas de juros oficiais, da Selic que hoje está em 6,50%, e deverá encerrar 2019 em 5,50%.
Todas essas medidas estão sendo previstas junto com a movimentação de R$ 500 nas contas de FGTS em setembro para tentar realimentar o consumo e fazer a economia reagir. Entretanto, essa visão monetarista dos governos de direita os impedem de ver que quem incentiva a economia é o consumo. Por isso, essa redução da taxa de juros ainda não está convidando novos investidores em produção e, por isso, continuaremos a ser um País essencialmente agrícola, sem muitas esperanças de crescimento autossustentável.
Mas, na verdade. Temos que experimentar também essa visão de economia de mercado para sabermos como é. O Brasil, sempre pendeu para políticas de centro esquerda e agora a realidade é bem diferente.
Quando éramos crianças, muito aprendemos apanhando. Agora está presente uma nova oportunidade de aprendermos pela experiência.

Renan Alberto Moroni

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