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As coisas que vi no Uruguai (2)

Há poucos, aproveitando o feriadão de Corpus Christi, fiz um passeio pelo nosso país vizinho, o Uruguai. Fui em excursão e ao chegar lá encontramos várias outras excursões da Carlos Barbosa, Garibaldi, Bento Gonçalves e outras cidades da região. O tempo contribuiu e foi um belo passeio por Punta Del Este, Montevideo e Colônia Sacramento.
A cultura dos uruguaios permite que obras históricas que datam ainda do século 18 se mantenham vivas e visitáveis. O ruim de estar lá é o custo de vida deles. Apesar de terem um salário mínimo de R$ 1.600 (13.700 pesos), têm também o custo da cesta básica muito alto: R$ 1.300 (ou 11.180 Pesos).
A população uruguaia fixa é de três milhões de habitantes e há 40 anos vem tendo crescimento negativo. A esperança atual é a migração de venezuelanos que poderão preencher as vagas de emprego existentes. De outros países é difícil vir mão de obra devido ao alto custo de vida.
Se os acordos firmados pelo Presidente Bolsonaro na reunião dos 20 países mais ricos, lá no Japão, funcionar realmente, que sabe, em dois ou três anos teremos o retorno da alegria nacional e o orgulho das pessoas com emprego e podendo consumir. Por enquanto, o mercado, por se tratar de livre iniciativa, vai se protegendo da crise econômica internacional.
Nesse início de ano, por exemplo, notícias econômicas que surgiram no mundo foi de negociações de grandes empresas a nível internacional. No mercado de automóveis, por exemplo, a Renaut que já incorpora a Nissan, a Lada, e várias outras, incorporou também a Fiat. Com isso não precisa investir, basta aproveitar as estruturas existentes no mundo.
A interação de tecnologias procurará manter vivos os veículos de combustão interna por mais tempo e baratear o custo no desenvolvimento dos carros elétricos que em pouco tempo tomarão conta do mercado automobilístico. Essa fusão torna o grupo o terceiro mais forte do mundo, atrás apenas da Toyota e da Volkswagen.
Isso já aconteceu em grandes crises mundiais onde os grandes se uniram para vencê-las e depois voltaram a ter suas independências com o mercado financeiro obtendo grandes lucros.
Pelo mesmo motivo, a Natura comprou a Avon que tem a maior rede de lojas de venda dos seus produtos espalhadas pelo mundo, enquanto a Natura opera apenas pelas vendas a domicílio por consultoras treinadas.
O Brasil, seguindo essa mesma plataforma de mercado está privatizando empresas.
A política privatizacionista dos governos de centro direita e de direita é uma forma de trazer investimentos externos para o país voltar a gerar empregos e ter serviços mais eficientes, já que o Estado não tem como investir e ainda têm créditos tributários quase irrecebíveis dessas estatais. Mata dois coelhos num único tiro: Recebe impostos e não precisará investir.
Voltando ao mercado. As empresas que não conseguem mais juntar-se a outras para crescer mais, vão reduzindo custos como é o caso da Nestlé em sua unidade de Palmeira das Missões (RS) que criou uma planta para receber um milhão de litros de leite dia, mas que atualmente não estava captando mais de cem mil litros. Por isso encerrou as atividades.
E da Deca, braço da Duratex situada em São Leopoldo, que fabricava louças e metais sanitários da marca Deca, que também fechou as portas, demitindo 480 funcionários.

Renan Alberto Moroni

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