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Mão de obra sazonal

Quando escrevi a coluna da semana passada, não era só uma intuição. Era certeza de que a PEC da reforma da previdência não sairia.

Ficou claro que quando da transferência da votação de 2017 para 2018 o governo precisava de um tempo para encontrar uma “saída digna” para a situação, já que a principal meta estabelecida pelo governo era a reforma da previdência. Temer não poderia sair carregando a fama de incapacidade de negociação como aconteceu com Dilma Roussef enquanto Presidenta.

Temer negociou, cedeu, conversou e propôs novas formas de alterar o projeto inicial. Porém, em ano eleitoral não se votam leis que vão contra as conquistas dos brasileiros. É tiro no pé para qualquer candidato que pretenda a reeleição.

O Carnaval carioca veio a calhar. O Prefeito do Rio de Janeiro foi para a Europa, o Governador só preocupado com a festa.
Com tanta facilidade e ninguém no comando a milícia desceu do morro e tomou conta.

Então, EUREKA! Intervenção no Rio e abandono da reforma previdenciária sem a culpa da derrota.

Definitivamente foi um ato político de “salvação do couro” do atual governo que na realidade, pouco fez pelo país além de aparecer na mídia. Porém, não escondeu sua incompetência e intolerância das escolas de samba populares do Rio de janeiro, que com audácia demonstraram o descontentamento da população com seu governo e também com as posições assumidas pela rede Globo tanto para cassar Dilma como para proteger Temer.

As dificuldades continuam e são, quem sabe ainda maiores agora.

Essa dificuldade que é mascarada pelo governo e pela grande imprensa, porque o desemprego cresce constantemente e, a contratação de 10 mil empregados com carteira assinada num país de 230 milhões de habitantes é notícia nacional.

Em nossa região colonial Italiana constatamos rotação de dez a 20 mil trabalhadores temporários, como mão de obra sazonal, em razão das safras de frutas.
Já começa em novembro com pêssegos e ameixas, depois vem a safra de uvas, segue-se a de maçãs e por fim, a de caquis.

Normalmente essa mão de obra vem da região norte do Estado, e trabalha informalmente, por dia, passando por diversos produtores. Enquanto essas pessoas se sujeitam a trabalhos sazonais, vemos que em outros estados do Brasil, onde não há esse tipo de trabalho, essas pessoas são absorvidas para serviços ilegais que se sujeitam pela necessidade de sobrevivência.

Como em Brasília só se criam Leis, está sendo cogitada a criação do Ministério da Segurança. Convenhamos: Já temos o Ministério da Defesa, o Ministério da Justiça e a Casa Civil da Presidência da República.

Não bastaria simplesmente determinar que um desses ministérios assumissem o Auxílio aos Estados nas questões de segurança pública?
Mas, parece que se faz necessária a criação de mais cargos e gastar um pouco mais do dinheiro desviado da Educação e da Saúde, para salvar mais alguém da Lava-Jato.

Então continuaremos com problemas porque o Governo Federal, além de “comprar” pessoas e apoio, simplesmente não aceita negociar o que deve aos Estados com o que tem a receber. E, convenhamos, praticar essas taxas de juros contra suas unidades já se trata de Usura.

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Renan Alberto Moroni

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