CARREGANDO

Busca

Não precisamos trocar o nome de planos já existentes

Parece que voltamos ao início do século passado.
Cada político é um partido individual e não aceita passar por seu mandato sem deixar uma marca própria, mesmo que simplesmente esteja substituindo outra. Na verdade, só serve para deixar na história o status de “Eu fui autoridade neste País, neste Estado, ou neste Município”.
Nossa história é representada por muitos bustos indicando autoridades, políticas, militares ou históricas instalados em praças públicas. Essas peças, hoje, deveriam estar em museus e não em praças públicas onde são depredadas ou pichadas por vândalos ou, as mais antigas, esculpidas em bronze, são roubadas e fundidas para posterior venda para “grandes participantes do analfabetismo histórico da evolução nacional’, como foi o caso da taça Jules Rimet ganha pelo Brasil pelo tricampeonato mundial de futebol.
O Bronze, hoje, tem valor muito semelhante.
Mas, isso foi o passado em um ou até dois séculos.
Hoje não há mais bustos em bronze, e os que têm são em concreto.
Há nomes de autores de projetos sendo salientado por pequenas obras que fizeram, dedicando o tempo possível para garantir o voto da maioria da população; isto é: dos que vivem na linha de pobreza ou abaixo dela, com pouca cultura, e que ainda acreditam nas promessas dos seus iguais ou recebem alguma propina por absoluta necessidade.
Se hoje temos no país o programa bolsa família, porquê não só aperfeiçoá-lo e mantê-lo.
Esse projeto está pronto há décadas e têm muitas exigências para obtê-lo.
Na realidade, o desvio da sua real finalidade deve-se à corrupção a partir dos municípios e, principalmente, em razão da legislação mal elaborada neste país por legisladores advogados e ou pastores, que gostam de aplicar termos pomposos e com grande variação de interpretações na sua composição, o que têm facilitado o mau emprego desses recursos, por não ser claro e podendo favorecer não necessitados, como vimos em listas do auxílio emergencial neste tempo de pandemia.
Então, Nossos governos ao invés de estarem concentrados no “Pátria Amada Brasil” ou em “Deus acima de tudo” ou sei lá quem “acima de todos”, deveriam ter consciência de que o verdadeiro Deus, não tem seita religiosa. Ele pode ser Alá, Buda, Cristo, Oxum ou outro, de acordo com a crença de cada pessoa, porém, todos eles pregam a paz e a igualdade entre as pessoas sejam elas da etnia que forem, ou do poder aquisitivo que têm.
Porém, nenhum Deus verdadeiro negou a parábola dos talentos.
Precisamos de todos os talentos, desde os que têm o de acumular recursos, para investirem em empresas permitindo que outros talentos possam produzir em favor do bem de todos, até o último talento da escala que varrerá a escada onde o investidor pisará todos os dias.
Sempre cito o seguinte exemplo: O que seria Niemayer se não houvesse os serventes de pedreiro?
Com isso tento explicar que não adianta trocar nome de planos de assistência para pessoas mais pobres se o plano já existe.
O que precisamos é investimentos públicos para gerar mais empregos e, com isso, menos pessoas dependam desse esforço público de obter empréstimos afim de distribuir dinheiro aos mais pobres.

Renan Alberto Moroni

Últimas colunas