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Nem só a Lava-jato

Tem encontrado coisas erradas e mau uso do dinheiro público no País. Basta dar uma olhada nos jornais ou nas notícias divulgadas via internet para ver como nosso dinheiro é maltratado por pessoas públicas. O último caso divulgado foi o caso dos aviões da FUNAI que eram utilizados no transporte dos doentes indígenas para tratamento em grandes centros que ficaram abandonados desde que o Ministério da Saúde assumiu a tarefa. Aliás, recebeu a tarefa, mas não os aviões que estão parados em hangares no Rio de Janeiro, em Brasília, no Pará e em Goiás e que como resultado já têm uma dívida só em aluguéis superior a três milhões de reais. Sem contar que muitas peças, e até motores desses aviões desapareceram.
Por outro lado, o mercado está mostrando muito contentamento com a possibilidade de que a reforma da Previdência passe na primeira votação da Câmara de Deputados. Quem demonstra isso é a reação da Bolsa de Valores quer está batendo novos recordes atingindo a marca dos 104 mil pontos com mais de 12 bilhões investidos só num dia. Isso está indicando a entrada de investimentos externos no mercado de ações que pode, se mantido e sentir segurança, resultar em mais investimentos na produção industrial com a geração de novos empregos.
A PETROBRÁS, continuando o processo de privatização de estatais que o governo planejou e vem executando, abandonará o mercado de Gás. A empresa já recebeu autorização necessária para vender sua participação majoritária no gasoduto Brasil-Bolívia. Em assim sendo, juntando isso à privatização da SULGÁS e da CEEE, em pouco tempo teremos o setor de energia elétrica quase que totalmente privatizada.
COMO AFIRMAMOS HÁ ALGUM TEMPO ATRÁS, A crise brasileira não é só a da Previdência. É mais uma crise econômica com muitos setores incluídos inclusive a Previdência. Uma das razões dessa crise é de infraestrutura principalmente provocada pela escassez de energia elétrica que inibe a instalação de grandes complexos industriais no país, além de melhorias nos transportes, infraestrutura portuária, aeroportos de grande porte, aproveitamento fluvial, etc.
Na questão de energia, por exemplo como o Estado não têm dinheiro para investir os equipamentos existentes ficam sobrecarregados e acabam sucateados. Com a iniciativa privada comandando certamente isso não ocorrerá mais. Porém, como a energia gerada no Brasil ainda é insuficiente O Governo Federal está trabalhando para implantar mais 536 pequenas centrais hidrelétricas de geração de energia, sendo que 56 delas aqui no Estado. A luta está em quebrar com o gelo da teimosia dos órgãos ambientais para flexibilizar e agilizar os processos ambientais de cada uma.
Então, passados os primeiros seis meses do novo governo, já começam a surgir algumas medidas citadas em campanha eleitoral visando o desenvolvimento do país.
Se todas essas medidas serão favoráveis ao povo brasileiro ou não, veremos no decorrer do tempo.
Como desde há muitos anos sempre tivemos governos aplicando políticas de centro-esquerda, com os governos dominando a economia, estamos engatinhando agora para o outro lado, isto é: políticas voltadas para o centro-direita, voltadas mais para o mercado, como líder da economia.
Conhecemos esse tipo de administração econômica apenas observando outros países. Logo veremos se esse sistema ora implantado será ou não absorvido pela nação brasileira.

Renan Alberto Moroni

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