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Pessoas e ideias velhas

Chegamos a mais um final de ano e esse parece monos normal que os outros anteriores.
Nunca antes tinha visto tanta movimentação política em final de ao, principalmente lá na Capital Nacional, com um objetivo tão específico: aprovar a reforma da previdência.
Mas, porque tanto empenho agora se faz muito tempo, desde o governo FHC, que se pretende essa reforma e ela nunca acontece.
Só tem um grande motivo. O partido que comanda o Brasil atualmente é de extrema direita e tem por objetivo incentivar o mais possível a iniciativa privada, isto é: O MERCADO.
Pensando então no Mercado, o que mais rende lucros no mercado internacional atualmente e que já há alguns anos se tornou o maior investidor do planeta? Não são os fundos de pensão?
Claro, esse é o mercado que está pressionando para a reforma da previdência. Pensem comigo. Se conseguirem limitar a idade de aposentadoria em 65 anos de agora e 70 anos de idade em 20 anos, se dificultarem a todo o momento o ganho da aposentadoria do INSS para quem contribui com mais de um salário mínimo e, se continuarem retirando os direitos que foram conquistados pelos trabalhadores, quem lucrará com isso?
Certamente quem está oferecendo planos de APOSENTADORIA PRIVADA mediante uma contribuição mensal. Esses investidores agem como os fundos de pensão existentes por todo o mundo. Atualmente, todos os bancos brasileiros oferecem esses fundos de aposentadoria complementar. Então, o Estado está sendo pressionado pelo mercado através do Ministro da Fazenda já há muito sabido que é banqueiro.
A única centelha de esperança que sobra aos brasileiros é que no ano que vem é um ano eleitoral e nenhum político que pretende buscar a reeleição votará a favor dessa reforma.
Mas devemos estar atentos, porque esses políticos que convivem até hoje num ambiente de corrupção absurda tanto na ativa (recebendo), como na conivência (não acusando os corruptos) usarão não terem votado na reforma previdenciária como propaganda eleitoral e, se aceitarmos essa mentira deles, certamente aprovarão as reformas com até mais rigor no próximo mandato.
DÉCIMO TERCEIRO.
Para quem trabalha na iniciativa privada ou depende do governo federal, continua recebendo normalmente.
O que estranhamos é que neste ano não apareceram economistas nos noticiários de TV para nos “instruir” quando a aplicação do dinheiro recebido.
Certamente nenhum economista quis comentar a crise ou os 12,7 milhões de desempregados graças à atual retomada da economia nacional.
Mas, no Rio Grande do Sul, parece que as coisas vão mudar. Os funcionários que quiserem poderão ter seu Décimo Terceiro no dia 20, através da contratação de um empréstimo bancário.
A mudança proposta mostra um retrocesso em alguns anos quanto a forma de pagar esse abono. Pior que quando praticado pelo governo anterior, foi altamente criticado pelo atual.
Então, quando eu dizia que nossos governos são muito velhos tanto em questão pessoas eleitas como também de ideias, eu não exagerava. E, se continuarmos a reeleger esses medalhões da política, sempre viveremos essa angústia de ver outros países evoluindo muito mais do que nós, gaúchos e brasileiros. Infelizmente.

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Renan Alberto Moroni

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