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Reformas urgentemente!

Existem coisas que são muito difíceis de entender. Em tempos de PT no governo a crise internacional provocada pela implosão do mercado imobiliário norte-americano foi chamada de “marolinha”, isto é: algo pequeno demais para afetar o Brasil. Sabemos que não foi assim e a crise bateu e o resultado foi o grande número de desempregados no país.
Essa causa concebeu uma reviravolta na política com cassação de mandato, com governo complementar que chegou a afirmar que economia já estava em amplo desenvolvimento.
Iniciaram-se as reformas da área trabalhista e encaminhou-se a reforma previdenciária. Mas, o desemprego continuou. A desculpa, então, foi a instabilidade jurídica existente no país que espantava investidores.
Houve eleição, com mudança radical no conceito administrativo no Governo onde ficou evidente a ideia de uma economia de mercado.
Quando se pensava que os investimentos externos voltariam para estabelecer aumento da produção e por consequência de empregos no país, eis que no primeiro ano os investidores estrangeiros, levaram embora do Brasil pouco mais de 44 bilhões de dólares que estavam aqui investidos. A palavra-chave, entretanto, continuou sendo o “Brasil está em franco desenvolvimento econômico”. Passamos um ano conturbado com muitas ofensas a pessoas, partidos, ideologias e principalmente à imprensa o que tem provocado indignação geral.
Nos primeiros dois meses do segundo ano do novo governo, a balança comercial apresentou significativos déficits; e déficits significativos. O dólar atingiu patamares nunca antes imaginados e soube-se que o Real é a moeda que mais perdeu poder no mercado externo. Por isso, só nos dois primeiros meses do ano os investidores internacionais retiraram mais de 42 bilhões de dólares de investimentos.
Claro que apesar do nosso presidente afirmar que a crise do Corona-vírus foi provocada pela imprensa internacional, o Brasil ainda não conseguiu animar investidores estrangeiros a aplicar seus recursos no país. Esses investidores não estão comprando ações no mercado internacional. As bolsas estão oscilando, mas em queda, porque o mercado investidor aproveitou a possível epidemia e se desfez das suas ações nas indústrias e medicamentos em alta provisória. Possivelmente, estão preparando suas reservas para socorrer países emergentes, já sem reservas cambiais, que terão que manter suas máquinas administrativas e suas mordomias.
A esperança é que, como na China a epidemia está controlada e logo acontecerá também nos países europeus, principalmente na Itália, a economia internacional retome o crescimento mesmo que num percentual pequeno. O importante será a retomada com segurança para evitar surpresas futuras. Para podermos respirar no momento, o valor do dólar deveria voltar a cotação inferior a R$ 4 e os mercados produtivos retomarem seus negócios melhorando os índices das bolsas internacionais. Para o Brasil, é importante neste ano concluir todas as reformas propostas em campanha pelo atual governo. Deveriam começar pela administrativa, depois pela reforma política onde poderia ser revisto, inclusive, o sistema de governo para o Parlamentarismo, e depois a judiciária e a tributária.
Os projetos estão quase todos no Congresso e a hora é agora para estabelecer o que for preciso para que o país siga seu rumo livre, e não entrar em crise a cada ação de Governo.

Renan Alberto Moroni

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