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Sem perspectiva

Estamos numa economia querendo ser de mercado e por isso, vínhamos acompanhando uma certa euforia desse mercado pela alta na bolsa de valores e o alto valor dos investimentos que eram feitos no setor, onde foram batidos vários recordes de pontos, apresentando índices espetaculares e dando a impressão que logo sairíamos do marasmo e começaríamos a crescer, criar empregos e voltarmos a ser felizes.
Entretanto, bastou a China comunicar a desvalorização da sua moeda a nível internacional para que esse sonho acabasse.
Já tivemos no Brasil muitas operações de desvalorização da nossa moeda durante os últimos cinquenta anos. Lá se foram os cruzeiros, cruzeiros novos, cruzados, cruzados novos, cruzeiro real, e a última, Real.
Claro, que a China é muito mais importante que o Brasil na economia internacional já que desponta como segunda maior economia do mundo. Tem muito para exportar, principalmente produtos industrializados e importa matérias primas, isto é: produtos agrícolas e produtos fruto da extração mineral que, não agregam empregos e têm custo de mercado.
Essa desvalorização do IUAN foi a resposta chinesa à intransigência de Trump na negociação com aquele país sobre taxas de importação e exportação tributação de produtos industrializados.
Simples assim: com a moeda desvalorizada, os preços internos continuam iguais e as exportações terão preços mais vantajosos para quem compra. Assim venderá seus produtos para o exterior com preço ainda menor que os atuais mantendo os empregos e os lucros das empresas chinesas.
O que devemos considerar é que apesar de não ter um regime capitalista como Estados Unidos e outras economias europeias, a China se mantém no mercado de forma competitiva.
Isso é resultado dos investimentos mundiais na instalação de empresas por lá, devido à confiabilidade internacional na honestidade do regime, gerando mais empregos naquele país que, por sua vez, geraram maior consumo interno e crescimento da economia.
Não é só na China, observamos esse mesmo tipo de crescimento também na Índia, Coreia do Sul, Tailândia e outros países asiáticos, onde. Tirando a Coreia do Sul, todos os demais países têm uma política socialista, porém com a economia seguindo as leis de mercado e não uma política de guarda-roupas, isto é: servindo só para cabide de empregos.
Nós, no Brasil tivemos a oportunidade quando nossa economia chegou ao nível de risco AB, e nos firmamos como oitava economia mundial, oscilando às vezes para sétima economia.
Porém, não conseguimos manter a seriedade necessária nos negócios e vimos o Brasil ser retaliado como propriedade de alguns.
A corrupção que moveu nossa economia nesse período, desde governantes até empresários brasileiros, inibiu novos investimentos em empresas porquê rompeu o elo de confiabilidade e credibilidade dos investidores no nosso país. Por isso, hoje, nossa economia está nas mãos dos produtores primários em grande escala e exportamos a matéria prima para outros países ao invés de industrializá-la aqui.
Ainda ninguém está investindo em produção de bens e empregos. Então o governo usa paliativos para impedir que outras empresas desistam do Brasil. Mas, Até quando teremos FGTS que a população possa consumir?
Assim, enquanto persistir a simples atribuição de culpa a governos anteriores e não se tomarem medidas práticas de geração de empregos, continuaremos sem perspectiva nenhuma de melhoria.

Renan Alberto Moroni

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