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A neurociência do humor

 

O nosso cérebro é mesmo incrível! Uma “máquina” cheia de surpresas, mecanismos e esquemas que permite façanhas inimagináveis. Nosso cérebro dobrou de tamanho ao longo dos anos; utiliza cerca de 20% do oxigênio do nosso organismo e consome 1/5 das calorias que consumimos. É como um músculo, que precisa ser exercitado e estimulado. E como todo músculo, cansa. Portanto, precisa de relaxamento e recuperação. O estilo de vida auxilia nosso cérebro a funcionar de maneira saudável. Para tanto, é necessário praticar atividade física, manter uma alimentação saudável e praticar técnicas para reequilibrar as emoções e a mente.

A neurociência, estudando o cérebro, tem nos revelado muita informação importante. Com relação ao humor, por que achamos alguma coisa engraçada? O que acontece no nosso cérebro que nos faz rir involuntariamente? O cérebro tenta acompanhar o que acontece tanto interna quanto externamente. Para isso, utiliza esquemas para tornar as coisas mais fáceis. Esquemas são maneiras específicas de como nosso cérebro organiza e pensa as informações. Aplicamos esquemas às situações específicas: restaurantes, praia, trabalho... Entende que tudo tem uma lógica e está organizado para acontecer. Neste contexto, o humor ocorre quando nossas expectativas são contrariadas. O humor parece surgir quando somos confrontados com inconsistências lógicas que causam incerteza. Por exemplo, as piadas, que quando são encerradas, geram os risos, pois a inconsistência foi desarmada pelo desfecho, que cria uma sensação positiva de alívio e de alegria.

O humor é muito importante para os vínculos sociais. Pesquisas realizadas por Robert Provine da Universidade de Maryland indicam que temos trinta vezes mais probabilidade de rir quando estamos em grupo do que sozinhos. As pessoas riem com mais frequência quando estão com amigos, mesmo que não contem piadas. O riso pode surgir de observações, memórias compartilhadas ou histórias sobre conhecidos. Outra questão relevante é que o cérebro humano sabe distinguir entre o riso falso e o verdadeiro, mesmo que sejam aparentemente semelhantes. Muito esperto nosso cérebro. Dotado de mecanismos de sobrevivência, sempre em busca do que é melhor para nós, sempre em busca do que é positivo, bom e justo!

*Baseado no livro “O cérebro que não sabia de nada”

Rosângela da Costa

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