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As emoções são contagiantes

As pessoas influenciam reciprocamente os seus estados de ânimo. É muito natural e biológico que uma pessoa influencie o estado emocional de outra pessoa, seja para melhor ou para pior. A gente faz isso o tempo todo! Quando vemos, estamos “pegando” as emoções e os estados de ânimo de outras pessoas, seja em casa, no trabalho, na faculdade. É como se fosse um vírus social, facilmente contagioso, espalhando-se pelos quatro cantos.
Segundo uma pesquisa realizada com voluntários, a transmissão de emoções ocorre em apenas dois minutos, seja felicidade, tristeza, ansiedade ou raiva. Ou seja, as emoções são altamente e rapidamente contagiantes, antes mesmo que possamos perceber.
Isso se explica através da lógica da sobrevivência: esta transmissão emocional é considerada um sinal vital. Nossas emoções nos dizem no que nós devemos nos concentrar, são um sinal de alerta, para estarmos preparados para agir, caso necessidade. As emoções são mensagens poderosas e cruciais para o nosso viver. E o mais interessante, é que as emoções não precisam de palavras para serem comunicadas e expressas, sendo transmitidas com bastante facilidade.
Mas, o lado negativo, digamos assim, de tudo isso, é que ultimamente as informações são tantas e as emoções têm sido vivenciadas com tanta intensidade, que já não é tão fácil encontrar um equilíbrio entre o que pode ser uma ameaça ou não. A ansiedade, o medo e as preocupações são constantes na vida contemporânea. Há uma sensação de angústia por toda a parte, sendo transmitida através do semblante, dos olhares, dos gestos e dos comportamentos de todos.
Logo, se as emoções são contagiantes, podemos ser conscientes de que somos também responsáveis pelo mundo que nos cerca e pelo ambiente no qual nos inserimos, afinal, nós estamos onde nós nos colocamos. Nós estamos onde nós nos permitimos estar. Portanto, podemos tentar transformar nosso espaço, transmitindo emoções mais positivas e leves, mudando o cenário, atuando como protagonistas de nossa história, revelando outras possibilidades.

Nós estamos onde nós nos permitimos estar

Rosângela da Costa

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