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Tolerância à frustração

Tolerar algumas situações nem sempre é fácil. Por vezes, emoções como mágoa, raiva, ressentimento e indignação podem inundar a razão, a mente, o cérebro todo e, consequentemente, as ações e os comportamentos. Neste caos, surge a frustração, um sentimento de impotência, uma resposta emocional que surge quando os desejos são limitados, reprimidos ou não atendidos.

A frustração tende a ser uma das emoções mais comuns para o ser humano, mas é também, para muitos, a mais difícil de gerenciar. Quando não é bem gerenciada, a frustração pode causar incômodos psicológicos importantes, tais como: desmotivação, tristeza, desalento, desconforto, decepção e abandono de sonhos, projetos e ambições importantes. Pode gerar um estado de apatia, onde não há energia suficiente para driblar as adversidades e superá-las. Ainda, pessoas que toleram pouco frustrações podem ter problemas com limites e dificuldade na percepção da realidade, com tendência à fuga, buscando satisfações na fantasia. Isso pode gerar problemas sociais e de adaptação ao ambiente no qual a pessoa está inserida.

Sabemos que a vida é feita de bons e maus momentos. Nem sempre nossos desejos podem ser satisfeitos com rapidez e prontamente. Compreender esta dinâmica é fundamental para o bem viver. Quando se compreende que a vida é feita de alegrias, mas também de decepções, se compreende o equilíbrio.

Assim é: nem todos os dias são iguais e nem todas as situações são vivenciadas da mesma maneira. O importante é avaliar cada contexto e como nos colamos nele.

Algumas considerações são importantes para trabalhar a tolerância à frustração: a) Autoconhecimento: quanto mais conhecermos a nós mesmos, mais ponderação e assertividade teremos na nossa conduta; b) Autogerenciamento: o conhecimento acerca de si mesmo gera maior controle e gerenciamento emocional e, consequentemente, um bem-estar psicossocial; c) Exercite a paciência: por algum instante, pare, respire, reflita e permita se acalmar, pois a irritação e a ansiedade não fazem bem para ninguém; d) Não gaste energia com o que é desnecessário: foque no aqui e no agora, no momento presente e mantenha o foco. Para quê gastar energia e se estressar com coisas que às vezes não valem à pena?; e) Empatia: coloque-se no lugar do outro, lidando com aquilo que é diferente, trabalhando os próprios conceitos e mudando paradigmas, uma vez que “ a lei de ouro do comportamento é a tolerância mútua, já que nunca pensaremos todos da mesma maneira, já que nunca veremos senão uma parte da verdade e sob ângulos diversos”. (Mahatma Gandhi).

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Rosângela da Costa

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