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A tarde desta segunda-feira, 28, foi marcada por mais passeatas em favor da paralisação dos caminhoneiros, ação nacional iniciada no dia 21 de maio. Em Garibaldi, a manifestação iniciou em frente à Rodoviária, na Av. Independência, e seguiu até o Posto do Avião, na BR-470, onde os caminhoneiros estão concentrados.
Com bandeiras do Brasil, música e cartazes, os manifestantes demonstraram apoio à causa. Uma carreata também acompanhou o ato, com tratores e caminhões de trabalhadores da região. Diversos envolvidos pediam por intervenção militar, com faixas em mãos ou penduradas nos veículos - um caminhão presente na ação tinha "Intervenção Já!" pintado em sua lateral. O pedido, com forte adesão dos presentes, chamou a atenção do público.
Após a chegada dos manifestantes no trevo do Posto do Avião, o hino nacional foi executado e, em seguida, o diretor-executivo da Associação dos Motoristas de Garibaldi (AMG), Arthur Sartori, realizou seu pronunciamento. Ele agradeceu o apoio e estabeleceu a paralisação como um ato em favor de todos os cidadãos. "Estamos lutando junto ao povo, é por melhorias para todos. Toda a população está junto aos caminhoneiros. Paramos agora porque não tinha mais condições de trabalhar. Se não fosse agora, seria mais na frente", elucidou. "O Brasil é nosso. Queremos nossa dignidade de volta", concluiu Sartori, emocionado.
Durante o pronunciamento, ainda, foi apontado que a ação é sem caráter político ou ideológico, organizada pelos próprios caminhoneiros.
Entenda - As manifestações iniciaram na segunda-feira, 21, e atingem todos os Estados do país. Os atos são em repudio ao aumento no preço do diesel, combustível utilizado nos caminhões, medida que integra a política de preço da Petrobras. O aumento gradual vem ocorrendo desde julho de 2017. No início da semana passada, postos pelo país registravam a gasolina comum custando R$ 5 por litro. Em Garibaldi, a maioria dos combustíveis está em falta desde a última quinta-feira, 24. A paralisação já causa reflexos em diversos setores da sociedade, como transporte e alimentação.
O Governo Federal está em trativas com os organizadores do protesto para a retomada das atividades. Por enquanto, não há uma previsão para o fim da greve.