Polícia Federal deflagra organização

A Polícia Federal (PF) realizou operação em 13 municípios gaúchos, incluindo Garibaldi, nesta quarta-feira, 7. A ação cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em diversas cidades, na Operação Caementa, organizada pela própria PF.

A investigação, segundo o registro, visa desbaratar esquemas de corrupção, fraude e lavagem de dinheiro. Os esquemas seriam organizados por empresários do ramo da produção de concreto, extração e comércio de areia e pedra. Os crimes praticados configuram organização criminosa, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, apropriação indébita previdenciária, omissão de vigência de contrato de trabalho, crimes falimentares, fraude a licitações, extorsão e corrupção.

De acordo com a descrição divulgada pela PF, mais de 150 policiais e 16 auditores fiscais cumprem os 37 mandados de busca e apreensão e oito mandados de prisão, como parte da operação.

Além de Garibaldi, ações foram realizadas em Porto Alegre, Caxias do Sul, Santa Maria, Passo Fundo, Frederico Westphalen, São Sebastião do Caí, Carazinho, Panambi, Rosário do Sul, Maquiné e Três de Maio.

A operação alcançou ainda o município de Camboriú, em Santa Catarina, onde outros mandados também foram cumpridos durante o dia de ontem.

A Operação Caementa é motivada por inquérito policial que aponta que os investigados teriam sonegado impostos e contribuições sociais, além de desviar dinheiro de empresas endividadas, atualmente em estado de recuperação judicial, e ocultado a prática dos crimes por meio de empreendimentos de fachada - as chamadas ‘empresas fantasmas’.

Todas as empresas investigadas pela operação fazem parte a um único grupo do setor, com matriz em Santa Maria. Ao todo, 14 empresas estão sendo observadas pela Polícia Federal.

A Operação Caementa, nomeada em referência ao termo em latim caementa (“pequenas pedras”), contou com apoio da Receita Federal.