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Não sei se é impressão minha ou outra coisa. Depois que acabaram as pressões, principalmente sobre os nomes do PT, Curitiba deixou de estar em evidência na luta contra a corrupção. Bastou que a Lava-jato se projetasse para nomes ligados a partidos de interesse dos partidos que formam “centrão político” isto é: os partidos de apoio ao Governo Temer, que o processo esfriou. Por que será? Eleições no ano que vem?
PSDB abandona a base do Governo
Já há tempo o PSDB, por sua cúpula, vinha demonstrando interesse de retirar seu apoio irrestrito ao governo Temer. Entretanto, havia em seu meio os que não queriam abandonar os cargos em confiança que detinham, principalmente o Ministério das Cidades.
Este Ministério foi criado na era PT, com a finalidade de administrar e distribuir verbas para os municípios brasileiros além das verbas do bolsa família, bolsa escola e outros mais, o que o tornou o ministério politicamente mais interessante entre todos os Ministérios de governo. Porém, o PSDB garantiu manter sua palavra de apoio à reforma previdenciária além da trabalhista proposta pelo governo Temer, o que não é de estranhar já que se trata de um partido de direita.
Reforma ministerial.
Com a saída do PSDB do governo inicia-se a briga entre os partidos do centrão, principalmente PP e PMDB pela vaga deixada naquele Ministério. É lógico que toda essa movimentação visa apenas as eleições do ano que vem já que o Ministério das Cidades é o que, atualmente, mais movimenta verbas. Então, e para acalmar os ânimos, o Presidente precisará providenciar antecipadamente uma reforma ministerial já que muitos dos seus atuais ministros pretendem também concorrer a cargos eletivos em 2018.
Reforma da previdência
Com todo esse tempo perdido em negociações políticas, é difícil aprovar com profundidade todo o processo da reforma previdenciária. Penso que apenas será tratado o assunto idade para se aposentar e sua tabela prevista para que em alguns anos, quem começar a trabalhar então, não se aposente antes dos 75anos para os homens e aos 72 anos para as mulheres. Esse cálculo é feito pela expectativa de vida das pessoas que a cada ano vem aumentando e, com isso nossa aposentadoria será equiparada a alguns países de primeiro mundo onde já funciona assim.
Pode o Presidente Temer, no interesse de aprofundar a reforma emitir uma medida provisória para não perder o embalo já que para este ano está difícil organizar quórum para aprovar qualquer coisa a mais do que o orçamento para 2018, aprovação essa que determina o início do recesso parlamentar.
Conclusão
Considerando esta uma semana perdida pelo feriadão no meio, teremos seções ainda para votações de 21 a 24 de novembro, 28 a 30 de novembro, 1º de dezembro e a semana de 11 a 15 de dezembro.
Esse tempo é insuficiente para discutir qualquer matéria de interesse nacional com a serenidade e a seriedade que ela merece.
Por isso, meus leitores; estejam atentos aos discursos políticos para a próxima eleição.
Você considera que alguém que está lá merece voltar? Pensem nisso.
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