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O atípico Carnaval de 2021

Enquanto em todos os anos anteriores o Brasil esperava ansioso pelo Carnaval, não só pelas festas e alegria própria da época, mas, principalmente, pelos pós carnaval com a retomada das atividades econômicas do país, da ampliação da oferta de emprego, do retorno às aulas e até à volta da rotina familiar, neste ano parece que tudo está saindo ao contrário.
As rotinas de final e início de ano de ano e até do carnaval, para muitos brasileiros continuou a mesma dos anos anteriores como se nada estivesse acontecendo no mundo que pudesse prejudica-los.
O pior de tudo isso é que essa irresponsabilidade em não se cuidar, ofereceu um espaço muito grande para que o vírus do Covid19 que, bem alimentado pela negligência dos homens, acabou ficando mais forte e mais letal.
O Brasil já o equivalente a 1% da população em óbitos por causa desse vírus o que representa mais de 250 mil mortos. Não é pouca gente.
Atualmente atingimos uma situação onde os hospitais não conseguem mais dar conta do atendimento aos contaminados, não por falta de leitos e equipamentos, mas por falta de pessoal habilitado para atender as pessoas com a Covid.
Ainda devemos considerar que os que ainda estão trabalhando, na sua maioria, estão sem férias há mais de um ano e próximos da exaustão física.
Em anos anteriores, depois do carnaval, havia a felicidade do novo emprego, da volta às aulas, a retomada das atividades que mantinham o dinheiro girando com os pequenos empresários planejando novos investimentos aumentando vagas de trabalho e o consumo aumentando.
Entretanto, o que estamos observando agora são os acordos para redução de horários de trabalho, acordos para rescisões de contratos de trabalho, a insegurança e o medo imperando em toda a população.
Os governadores de estado de todo o Brasil, já sem saber mais o que fazer, resolveram enfrentar o Presidente Bolsonaro e suas declarações irresponsáveis como a de prometer 40 bilhões aos estados para enfrentar à pandemia, mas, que até o momento, não receberam sequer 8% do valor prometido correspondente a 3,8 bilhões, sem considerar que 80% desse valor refere-se a repasses constitucionais, isto é: repasses relativos a participação tributárias e outros obrigatórios 2,49 bilhões que nada a ver com bondade do governo.
Então, para enfrentar a pandemia, foram liberados apenas 5,2% do valor prometido.
Como já afirmávamos em comentários anteriores, lamentamos muito o infortúnio do atual governo em ter que enfrentar essa pandemia, porem lamentamos muito mais sua incompetência de planejar ações e de impedir que o mercado agisse livremente a ponto de elevar seus preços aos níveis que encontram sem ter a competência de conter essa atitude absurda e desumana dos grandes e gananciosos empresários e latifundiários que, se não conseguem reduzir a população via coronavírus, o farão via fome.
Se a microeconomia não tiver oportunidade de avançar agora para dar um reforço aos desejos da nação, logo todos estaremos sem emprego, sem dinheiro, sem alimento, e prontos para sermos também um Corona-portadores, só relembrando nosso apático carnaval.

Renan Alberto Moroni

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