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O mercado está com medo

O mercado está prevendo uma queda no PIB nacional acima de quatro por cento.
Politicamente, esses dados forçam o País a rever todas as suas projeções para este mal fadado 2020 como também para os próximos anos.
Definitivamente constata-se que a devastação provocada pelo covid19 no mundo inteiro será algo nunca visto com danos muito superiores aos provocados pelas grandes guerras.
O mundo terá, forçosamente, que se reposicionar economicamente. Este mercado voraz que conhecemos terá que repensar os seus lucros e cuidar também um pouco mais da vida das pessoas porque de outra forma caminharemos para algo muito pior.
Ainda não “caiu a ficha” desse mercado e, por consequência estamos observando a cotação do dólar americano chegando próxima dos seis reais e do Euro já ultrapassando essa barreira.
O Brasil vem sofrendo demais economicamente com isso e está se empobrecendo sem que se possa culpar governos e políticas públicas.
Entretanto, ficou evidente que onde os países são administrados por governos de tendência comunista ou socialista o combate a esse mal, tem rendido retomada de economia mais cedo e os países dominados pelo mercado econômico ainda estão sofrendo muito, a perspectiva do aumento de novos infectados e dos óbitos decorrentes ainda estão em ascensão sem que se possa precisar o momento do retorno à normalidade efetiva nesses países.
O desemprego nesses países tem aumentado consideravelmente e tanto o Brasil como os Estados Unidos inda acumulam mais danos às suas economias.
Aqui temos observado demissões em massa e fechamento de empresas todos os dias. Nos Estados Unidos o número de desempregados já ultrapassa 30 milhões de trabalhadores.
Então. Se no Brasil as coisas andam um pouco melhores considerando o número de óbitos na relação com os Estados Unidos, é porque ainda temos o SUS que mesmo com suas deficiências, está cuidando das pessoas e as perdas ocorrem pelo acúmulo de casos em pontos de maior pobreza das suas populações, e não pela falta absoluta de atendimento.
Nos Estados Unidos, o Presidente Obama havia em seus oito anos de governo criado um sistema básico de saúde que era cobrado dos empregadores para beneficiar as pessoas mais necessitadas que existem lá. Podem crer que o número de pobres lá é muito equivalente ao dos países de terceiro mundo.
Uma das promessas de campanha de Trump foi o de acabar com esse fundo e, logo eleito providenciou na extinção e revogação dessa lei. Como os pobres de lá não têm SUS, os que não têm plano de saúde estão tentando sobreviver com medicamentos alternativos. Porém, estão muito mais sujeitos a óbito do que os pobres daqui.
Esta situação está afetando demais e economia norte americana. A reeleição de Trump pode não acontecer o que poderá trocar o sistema de extrema direita americano por um sistema mais moderado como era o de Obama. O mercado está com medo e por isso as moedas e bens de garantia estão tão caros.
Aos poucos estamos vendo o mercado chinês e europeu retomando suas economias. Será que sobrará algo para a América depois disso?

Renan Alberto Moroni

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