(54) 3462 6033
As coisas controversas continuam sendo apresentadas pela imprensa, de modo geral, sobre as relações emprego no Brasil. Diariamente, são apresentadas estatísticas de redução do número de desempregados no país, mas por outro lado anunciam grande quantidade de vagas sendo oferecidas pelo Sine sem que sejam preenchidas e outras manchetes, de jornais não sensacionalistas, indicam que em muitas áreas o Brasil têm déficit de mão de obra específica.
Então, façamos uma comparação dos dois lados. Quando o assunto é emprego, há os dois lados da moeda a serem analisados: a dificuldade de alguém encontrar trabalho e a dos empregadores em conseguir recrutar a mão de obra especializada e adequada para as vagas que tem.
Com foco na segunda questão, têm sido escassos os cargos de: a) assistente de suporte técnico para manutenção e conservação de equipamentos; b) operador de produção, que trabalhe na linha de montagem de aparelhos; c) contados e especialista financeiro, vinculados à rede financeira e à consultoria de negócios; d) assistente administrativo, que presta auxílio na gestão da firma; e) engenheiro civil, incumbido de projetar obras e vistoriar seu processo de construção; f) representante de venda que cuida da imagem comercial de uma empresa; g) mecânico, encarregado na preservação e conserto de veículos automotores; h) contramestres, pedreiros, serventes, carpinteiros, vidraceiros, montadores de estruturas para aberturas, capazes para assumires cargos em empresas da construção civil, e assim vai em todas as indústrias, empresas de comércio e empresas de serviços.
Apesar de que em algumas especialidades é necessário ensino superior e em certos casos especialização mais profunda para alguns setores da área a grande maioria pode ser obtida apenas com o 1º grau completo e cursos de atualização, ou de inglês, ou Senai, Senac e outros congêneres. Muitas vezes, até o aprendizado empírico, isto é: acompanhando os mais velhos e aprendidos por conta é suficiente; porque é incompreensível que alguém vá se candidatar a uma vaga numa padaria sem saber sequer fazer um bolinho. Portanto, devemos antes de mais nada, entender as vagas de emprego oferecidas e procurar aprender, pelo menos, o básico daquele serviço antes de se candidatar às vagas que surgem.
Em campanha eleitoral temos ouvido de inúmeros candidatos a vontade de agir em favor da educação. Porém, nada específico. A preocupação que se tinha, há 50 anos, era com a alfabetização das pessoas, inclusive, adultos, muito foi feito politicamente nesse sentido e praticamente esse mal ficou no passado. A preocupação atual com a educação deve ser mais específica.
Não podem os idealizadores pensarem apenas em cursos superior de modo geral. O que precisamos hoje é de mais cursos de idiomas técnicos e específicos para quem quer trabalhar em empresas industriais, comerciais e na agropecuária e não só para quem quer visitar a “Disney”. Somente com essa visão é que o país poderá se aproximar mais das condições de IDH do 1º mundo e não só enriquecendo uma pequena parcela da população onde só entra os mais ricos.