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Quarentena: o melhor remédio

O que mata mais: o coronavírus ou homicídios e acidentes de trânsito? Recente coleta de dados, no Brasil só em acidentes de trânsito, em 2017, foram 35.374 mortes; em 2018, 32.655 mortes; e, em 2019, foram 41.655 mortes. Entre acidentes e homicídios, nos três anos ocorreram 271.606 mortes, sendo então 161.922 por homicídios o que dá uma média anual de 53.974 mortes. Nesta semana, o número de mortes por Covid-19 serão de aproximadamente 50 mil pessoas (uma corrida muito parelha).
Esses dados apenas comprovam o tamanho do descaso pela vida pelos próprios cidadãos, que teimam em descumprir normas simples de cuidados com a própria vida e saúde (normas de trânsito, desarmamento e quarentena). É importante que cada um de nós tenha consciência e se cuide muito mais porque ainda estamos muito longe do momento em que o Ministério da Saúde afirme que a pandemia está controlada.
O novo indicador de risco por bandeiras, estabelecido pelo governo do Estado, se deu pelo aumento do número de casos e está deixando todo o mundo em polvorosa. Não é para menos. Considerando que as vítimas do vírus, em sua grande maioria, já apresentavam outros agravantes em sua saúde, o Estado não pode mais generalizar as situações dessa forma até porque em algumas regiões do Estado o tratamento à saúde vem evitando mais mortes. E isso também deveria ser levado em conta.
Nos parece, apesar de ainda vermos seres humanos andando sem máscara, também observamos o cuidado que todos os empresários tiveram e estão tendo para atender sua clientela com o menor risco possível. Então, será que, esse zoneamento de risco não merece uma atenção mais exclusiva nos verdadeiros focos de contaminação?
Se não tomarmos cuidados com nós mesmos para evitar riscos maiores, certamente levará muito mais tempo para que seja controlado esse vírus. Esse tempo a mais, poderá representar uma quebradeira geral de empresas que tendo diminuídas suas vendas não terão mais condições de cobrir custos.
Claro que no pacote adotado agora, estão fora das medidas restritivas, micro e pequenas empresas com faturamento inferior a quatro milhões e cem mil reais ano. Porém, se as médias e grandes forem obrigadas a parar suas atividades, novamente, de onde sairá o dinheiro para que as pessoas possam comprar alguma coisa a mais do que alimento básico? Será que o “Seiscentão” dará conta do consumo já que através dele também observamos que aproveitadores, não carentes e famintos, aproveitaram da Lei mal feita e por isso também tiraram dinheiro dos cofres públicos como fizeram muitos que estão presos por isso sob sérias acusações? Dinheiro na conta já é prova e devolver o dinheiro não redime a culpa.
A queda do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro avaliada pelo mercado financeiro está estimada em mais de 6,5% para 2020, o que significa que, passada a pandemia, levaremos mais de 3 anos para recuperarmos os índices de produção de bens e serviços de 2019.
O certo é que não se encontrará nenhuma solução para os atuais problemas com movimentos partidaristas como os ocorridos no último fim de semana. O mais lógico agora, é mantermos a quarentena que parece ser o melhor remédio para a não proliferação do Covid19.

Renan Alberto Moroni

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