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Certamente você já ouviu falar sobre o Setembro Amarelo, não é? Está é uma campanha que surgiu em 2014, por iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP). O mês de setembro foi escolhido porque, desde 2003, o dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.
A ideia do Setembro Amarelo é promover espaços de diálogos sobre o tema, como forma de alerta e prevenção para toda a população. Quando o assunto é suicídio, precisamos falar sobre ele no intuito de quebrar tabus e para que se possa compreender tudo que envolve essa questão.
Ao longo dos anos percebemos um aumento nos índices, sendo que o momento que vivemos, de isolamento social, pode agravar ainda mais os quadros. Atualmente são registrados mais de 12 mil suicídios anualmente no Brasil e mais de 1 milhão no mundo. Entre as causas mais comuns está a depressão, o transtorno bipolar e o abuso de substâncias.
Ainda que os fatores e as motivações do ato suicida nem sempre sejam fáceis de compreender, o sofrimento muitas vezes pode ser percebido. Desânimo, sentimento de desamparo, falta de vontade de viver podem ser vistos como sintomas que requerem cuidado, atenção e tratamento. Quando a pessoa dá sinais de que não deseja mais viver, de que a vida não vale a pena, é urgente a necessidade de ajuda profissional.
O ato suicida não é desencadeado por um fator isolado, mas um somatório de eventos. Por exemplo, uma pessoa não tira a própria vida “só” porque perdeu o emprego ou “só” porque se separou, mas por um conjunto de situações que aconteceram na sua vida, e que geralmente não ficaram bem elaboradas, até que ocorra o estopim. É como um copo de água, que vai enchendo e a última gota é o que faz transbordar, mas o copo não transborda só por causa daquela última gota.
Fique atento às pessoas ao seu redor, quando elas “pensam em sumir, desaparecer ou morrer”, é porque realmente estão com um sofrimento interno muito grande. Neste momento é fundamental dar apoio, buscar ajuda e não julgar, afinal a dor emocional não tem hora, nem lugar, podendo surgir em qualquer pessoa indiferente do sexo, classe social ou idade.