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Quatro meses já se passaram desde que “tudo” começou. Pensávamos que a situação da pandemia se resolveria de forma breve e logo voltaríamos à “vida normal”. Foi justamente em meados do 20 de março que ocorreu o decreto que determinava o isolamento social em função do COVID - 19. Apesar de passados mais de 120 dias, muitas pessoas ainda estão tentando entender, elaborar e se adaptar à condição que estamos vivendo.
Já ultrapassamos a primeira metade de 2020, momento em que as pessoas começam a pensar em tudo o que planejaram para o ano, justamente para avaliar o que conseguiram cumprir, mas também para analisar o que falta, pois, em princípio, ainda daria tempo para realizar o que está pendente. Ao mesmo tempo, surge uma sensação de que o ano está se indo. Resta menos da metade dele.
Mas como está sendo olhar para 2020? Como está sendo perceber que, infelizmente, muitos planos tiveram que ser prorrogados, readaptados ou cancelados?
Além de entrar em contato com essa situação, o mais difícil é perceber que as metas traçadas e não alcançadas ainda não podem ser replanejadas, pois não temos garantias e nem sabemos quando isso vai passar.
O que essa pandemia nos mostra de forma evidente, é que ela desorganiza toda e qualquer certeza que tínhamos, assim como desestrutura a nossa rotina e afeta os nossos comportamentos. Para alguns parece mais fácil, para outros, mais difícil, mas, porque é diferente? É diferente porque cada um lida com as experiências de um modo único, de uma forma que é individual e singular, de acordo com a sua personalidade, com sua história, com o que passou e passa em sua vida.
Apenas um ponto é comum: todos precisamos lidar com a nossa impotência de não conseguir controlar tudo. A pandemia nos mostra a nossa impotência enquanto seres humanos.