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O fim de uma era

Redação O Garibaldense 30/05/2024
Após 30 anos, Rogério Vian, o Rogerinho, anuncia o encerramento das atividades da loja de games Maré Vermelha

Da redação

Em 2022, em uma entrevista especial ao O Garibaldense, Rogério Vian, o Rogerinho da Maré, 54 anos, revelou que estava se preparando para parar com a loja Maré Vermelha, no máximo, em dois anos, e essa projeção está se confirmando.
Após 30 anos, Rogerinho está de malas prontas e nos próximos dias, quando o tempo permitir, deve concluir a mudança e fechar o estabelecimento, um local que reúne apaixonados por games. Desde que ele colocou um cartaz na porta da loja anunciando que iria fechar, a comoção entre os usuários e ex-usuários é total.
“Eu abri em 4 de 4 (abril) de 1994, muito 4 né, e a gente se preparou para fechar psicologicamente e emocionalmente. O pessoal está vindo se despedir, não acreditando, até achando que era uma brincadeira, alguns chorando. Recebi muitos depoimentos do pessoal, contando histórias, muita gente que era criança e agora é pai de família. Alguns pedem pela minha mãe, Clarisse, que agora tem 80 anos, e me ajudava muito. É gratificante e até assustador, não esperava toda essa repercussão. Agora vamos nos encontrar pela rua”, comenta.
Ele afirma que vai fechar pelas condições físicas e por querer descansar. “Não que a loja me cansasse, mas está na hora, não tenho mais 20 anos e não posso ficar a vida inteira dentro de um local, vou ficar mais em casa, além de poder realizar passeios”, garante. Já os equipamentos e móveis da loja, ele pretende vender e quem quiser comprar deve entrar em contato.
Rogerinho lembra que essa comoção se deve porque muita gente, mesmo tendo videogames em casa, sempre preferiu jogar na loja. “Eles fizeram amigos e gostavam de desafiar alguém, porque em casa ganhavam 10 partidas e não era legal”, avalia.
Entre esses usuários está Alex Sandro Gomes da Silva, 27 anos, que começou a jogar com 10 anos e se mantém como cliente, mesmo casado e pai de um filho. “Pelo trabalho e a família jogo bem menos, mas sempre que dá venho aqui para matar a saudades, e agora vai ser bem difícil, vamos sentir muita saudades”, comenta Silva.
Em 30 anos de loja, Rogerinho faz um agradecimento especial. “Às mães, que foram muito importantes, porque elas traziam os filhos até a porta, não entravam, faziam um gesto e eu entendia que tinha que cuidar deles. O que deixou a Maré Vermelha aberta foi a autorização das mães, que sabiam da nossa responsabilidade”, destaca.

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