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Como restringir o açúcar das crianças

Redação O Garibaldense 31/08/2018

Algumas crianças se tornam compulsivas por doces em sua alimentação. Quando isso acontece, podem surgir problemas como a obesidade infantil, já que estes doces passam a fazer parte da rotina alimentar das crianças.
 
Diante disso, os pais tentam fazer seus filhos aceitarem comer menos doces a fim de cuidar de sua saúde. Porém, muitas vezes, a criança resiste em mudar este hábito e os pais têm grande dificuldade em retirar o excesso de doces.
 
Os doces e a cultura
 
Isso acontece, muitas vezes, porque, na nossa cultura, temos como hábito presentear as crianças com doces quando fazem coisas que agradam os pais. Além disso, estes costumam oferecer a sobremesa como recompensa por seus filhos terem comido os alimentos saudáveis.
 
Como as crianças associam suas emoções na hora de comer ao alimento que estão comendo, com o tempo elas criam um comportamento alimentar que supervaloriza os doces e deprecia os alimentos tidos como saudáveis.
 
Além disso, o açúcar branco refinado, presente nos doces que são oferecidos à criança, quando em excesso no seu organismo, é responsável por manter o ciclo do açúcar ativado, ou seja, quanto mais doces a criança comer, maior será a vontade de continuar comendo doces.
 
Quando o organismo da criança está sob este ciclo, as taxas de açúcar no sangue também costumam estar elevadas. Tal quadro causa um desequilíbrio no organismo da criança. Com o tempo, este quadro pode levar ao desenvolvimento de um vício por este tipo de alimento.
 
Além de prejudicar a capacidade do paladar das crianças em reconhecer os diversos sabores dos alimentos, o excesso de açúcar na alimentação pode sobrecarregar o trabalho de hormônios como a insulina, responsável por fazer o açúcar passar do sangue para as células. Além disso, temos uma sobrecarga de trabalho do pâncreas no organismo destas crianças, órgão responsável por produzir a insulina.
Tal quadro pode acarretar o desenvolvimento de doenças como diabetes ainda na infância. Também pode levar à criação de transtornos alimentares, como a compulsão associada ao ganho de peso nesta fase da vida.
 
Relação saudável com o doce
 
A pergunta que surge é: o que fazer então? Na área que estuda o comportamento alimentar infantil, especialistas sugerem a seguinte conduta para os pais de crianças viciadas em doces: deixar de supervalorizar sobremesas e de lhes oferecer doces como recompensas.
Desta forma, poderia ser perguntado às crianças em que momento ela deseja comer a sobremesa, antes ou depois das refeições. Quando isso acontece, as crianças parecem começar a enxergar a sobremesa como apenas mais um alimento na sua rotina alimentar.
 
Enquanto os pais proíbem os filhos de comer os doces antes do almoço, as crianças permanecem curiosas e atraídas pelo fato de não poderem comer o doce em qualquer momento. Com isso, acabam internalizando que os doces são alimentos muito prazerosos, enquanto os alimentos da hora da refeição não são tão gostosos e atrativos. Muitos pais perceberam que, ao tornarem os doces acessíveis às crianças, não os supervalorizando ou os associando a momentos especiais, seus filhos começaram a não pedir mais o doce todos os dias ou começaram a comê-los em menores quantidades.
 
Portanto, usar a sobremesa como recompensa pela criança ter almoçado ou jantado não é uma boa estratégia para ajudar a construir uma relação saudável com os alimentos. Ademais, oferecer doces para demonstração de carinho ou afeto pode fazer com que as crianças desenvolvam compulsão por estes alimentos.
 
O ideal é não os retirar do cardápio das crianças, porém tratá-los como mais um alimento, sem supervalorizá-los. Para as crianças que já estão viciadas em açúcar, é importante que os pais tenham a consciência de que este ciclo desencadeado no organismo pelo excesso de açúcar no sangue precisa ser quebrado. Para isso, os alimentos açucarados devem ser reduzidos e substituídos por versões com trocas saudáveis. Quando o organismo não estiver mais sob tal condição, os doces devem ser reintroduzidos com moderação e de uma forma que não sejam supervalorizados.

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