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Criança precisa de limites! Sem culpa, elas precisam disso, não é trauma, é educação!

Redação O Garibaldense 19/10/2017

No momento que consultamos o dicionário, a palavra “limite” é definida como “aquilo que determina os contornos de um domínio abstrato”. Definição é complexa né… assim como a aplicação, afinal limite é aquilo que nossos filhos vão desenvolver ao longo da vida para saber até onde eles podem ir, o que podem e que não podem fazer. E quem começa todo esse trabalho árduo somos nós, os pais. Mas aí vem aquela longa história de que a teoria é fácil, difícil mesmo é colocar isso em prática. A criança vai testando, você percebe o confronto, sabe que tem de agir, mas não sabe muito bem como ou quando dar o primeiro passo. Parece mais um filme de faroeste americano em que ganha quem for mais ágil e firme. Não dá, né! Quem sabe dos limites dos nossos filhos somos nós, oras. Cabo de guerra com a criança só na brincadeira, na maternidade não rola.

Filho não é traumático, tampouco sua firmeza. Pelo contrário, faz bem. Afinal, a criança só vai saber até onde pode ir quando tem limites claros e estabelecidos. É assim que ela aprende a ajustar-se às regras e conhecer suas possibilidades. Uma criança com limites se sente mais segura para explorar, parte fundamental do desenvolvimento infantil. Ao pensar rapidamente, limite e autonomia podem parecer questões opostas. Mas, quando se trata de educação, esses conceitos se conectam e mostram que trabalham juntos. Independentemente da linha de educação que uma família decide seguir é preciso criar limites para que o desenvolvimento do seu filho seja saudável, tanto do ponto de vista psíquico quanto físico. É importante que as regras sejam colocadas e na medida certa, sem muito autoritarismo e sem excessiva permissividade, o tão conhecido equilíbrio. E que o diálogo seja parte fundamental do relacionamento.

A criança pode (e deve!) participar das escolhas!

Assim, irá se sentir confortável para exprimir suas vontades. Em contrapartida, deve ficar claro para a criança que existem consequências para as decisões que tomamos, sejam boas ou ruins. E esses conceitos podem ser aplicados desde cedo. Se os pais resolvem todos os problemas da criança, o processo de desenvolvimento de autonomia e responsabilidade será doloroso mais tarde.

Colocando a teoria em prática

Para começar a pensar em educação, primeiro é preciso considerar que o seu filho vai viver em sociedade e que todos temos de seguir regras. E, pode acreditar, desde cedo ele já tem capacidade para começar a aprender, ainda que não responda totalmente aos estímulos. Os limites são alternáveis, eles devem mudar conforme a idade, mas o ponto crucial em qualquer fase é que o ‘sim’ deve significar ‘sim’ e o ‘não’ deve ser verdadeiramente um ‘não’, e que, às vezes, pode-se negociar.

Importante: Quando se trata de limites, alguns pontos cruciais precisam ser considerados: primeiro, sempre explique o motivo de as regras existirem, mesmo que a criança ainda não entenda. Segundo, nunca minta, por mais que pareça uma mentira inocente, é preciso que se crie um elo de confiança. E, finalmente, respeite a criança como indivíduo e ensine que ela deve reparar seus erros. Os limites começam a ser estabelecidos desde o nascimento, quando a mãe, ainda que intuitivamente, vai definindo a nova rotina. Vale dizer ao bebê que é noite, por isso é hora de dormir. A criança começa a entender seus limites a partir do momento em que a mãe transmite essa informação pelas suas atitudes estáveis e coerentes. O processo de dar à criança mais responsabilidades acontece aos poucos, de acordo com a percepção que elas vão ganhando com o tempo. Isso faz parte da construção de personalidade, autoestima e do desenvolvimento psicomotor. E tudo começa em casa, ao fazer pequenos testes constantemente, como escovar os dentes, guardar os brinquedos, lavar o cabelo sozinho e até saber atravessar a rua.

Posso castigar?

O castigo imposto não será positivo se for frequente. E é preciso tomar cuidado para não inibir o comportamento indesejado da criança causando nela medo, é preciso que ela compreenda. Para que os limites sejam verdadeiramente respeitados, é importante ajudar a criança a perceber que existem consequências para os seus atos e que nem sempre elas estarão ligadas diretamente aos pais.

Quando ela fica brava e quebra um brinquedo, irá ficar sem. Se ela não colocou as roupas sujas na lavanderia, elas não serão lavadas. E isso vai tomando outras proporções conforme a criança for ficando mais velha. Se seu filho não estudar, ele não irá bem na prova, e é normal que entenda que existem as sanções positivas e negativas para seus atos. É a tão famosa causa e consequência. E é importante que você também entenda que essas implicações são naturais, não são necessariamente castigos, mas sim as causas das escolhas feitas por eles. Seu papel é mostrar quais são os limites, ensinar, mostrar o caminho. Acredite, é o melhor para ele.

Para lidar melhor com tudo isso, procure a orientação e o acompanhamento de uma Psicóloga Infantil, que é o profissional especialista no atendimento de crianças e adolescentes!

FONTE: http://www.paisefilhos.com.br/crianca/crianca-precisa-de-limites/?offset=29

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