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Falta de atitudes condizentes

Quando fazemos um comentário em épocas de dificuldades econômicas de um único país já é muito difícil. Mas, quando se trata de uma pandemia atingindo todo o mundo todo, parece que os assuntos todos convergem para essa pandemia e nada mais acontece no mundo. A pandemia acaba absorvendo todos os noticiários.
No Brasil também é assim e o assunto só é quebrado quando nosso Presidente resolve afrontar o mundo com suas atitudes para provar sua própria teoria de que o “corona-vírus” não passa de uma gripezinha ou de um resfriadinho.
Atitudes como essa, atraem a atenção de todo o mundo tanto da imprensa como não.
Concordo com o Presidente quanto ao seu interesse de que a economia reaja e torne o Brasil um país que possa receber rapidamente investimentos internos e externos para retomar rapidamente sua meta de desenvolvimento; é até louvável. Entretanto, a forma como tem feito isso causa temor.
Sabemos que a economia brasileira está atravessando seu pior momento dos últimos dezoito anos e que também, mês a mês, a produção industrial vem caindo, por isso, o nível de desemprego no país está aumentando muito. É certo, também que as funções econômicas não param e todos estão empenhados em encontrar uma saída para tudo isso, mas precisam de colaboração, apoio e união.
O número de casos de “corona-vírus” ainda está em crescimento no Brasil, portanto, ainda está indefinida a volta à normalidade.
Neste momento, nosso presidente deveria abandonar seu posicionamento político partidário, deveria ele evitar aglomerações e tumultos, evitar agredir pessoas e instituições, parar de se apresentar em público de forma tão populista como o faz vestindo camiseta de clube ou de seleção.
Nada é mais importante neste momento do que nosso presidente passar a usar em público trajes formais e usar palavras menos vulgares em suas entrevistas além de evitar aqueles olhares debochados que têm apresentado.
Quem acaba sofrendo mais com essas atitudes, na realidade, é a população mais pobre que têm na figura do presidente seu ídolo maior.
Essa população, de poucos recursos, é que acaba se expondo mais. Também, essas pessoas são as que trabalham em situações muito precárias e insalubres e dependem, caso infectadas, do tratamento de saúde público para sua cura.
Tudo fica então muito difícil, não por incompetência dos profissionais que os atendem e nem por falta de vontade desses profissionais de salvar vidas; ocorrem isto sim, pela quantidade de atendimentos que têm que proceder e muitas vezes sem condições para realiza-los.
A ocorrência de óbitos pela pandemia tem atingido pessoas mais idosas principalmente. As menos idosas são as que já apresentaram algum problema respiratório ou cardíaco ou qualquer outro no decorrer do tempo.
Estamos com medo dessa pandemia e é dever das autoridades constituídas tranquilizá-la. Sem o apoio de todos, inclusive, do Presidente, certamente reduziremos a pobreza nacional pela redução da população pelo “corona-vírus” e não por atitudes condizentes com as necessidades do momento.

Renan Alberto Moroni

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