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A propaganda é a alma do negócio, certo? O provérbio é antigo, mas, ainda funciona.
Diariamente são publicação na de imprensa que a admissão de empregados com carteira assinada vem crescendo. Noticiam também que a venda de imóveis em várias Unidades Federativas brasileiras também está crescendo; e ainda: As exportações estão crescendo.
São dados positivos para o país. Porém, esses níveis todos deveriam ser medidos em fevereiro e não em novembro. Novembro é véspera de festas e fevereiro é véspera de nada que convide às compras. Além disso, agora está sendo oferecida a possibilidade de renegociação das dívidas das pessoas e “limpar o nome delas no SPC”, o que também movimenta o mercado varejista. Em muitos casos, há pessoas que renegociam suas dívidas, deixam passar as festas do final de ano e esquecem que têm prestações da renegociação e depois esperam até o final do ano seguinte para renegociar suas dívidas novamente. Claro que sempre tem exceções, mas a regra tem se mantido ao longo dos anos.
Então, volto a afirmar: a propagada é a alma do negócio. O país está crescendo.
Isso me lembra muito as palavras do Presidente Médici: “O Brasil é um país rico, porém, seu povo é pobre”. E é uma realidade. O mercado está feliz com o crescimento das vendas e com o aumento das exportações, porém, os assalariados que já chegaram a ter um mínimo de 570 Dólares por mês, hoje estão ganhando pouco mais de 200 Dólares. E mais de 120 milhões de brasileiros estão vivendo com menos que 100 Dólares por mês, isto é: 413 Reais por mês, segundo o IBGE.
Exatamente agora, neste propagandeado crescimento, o RS está encarando a maior greve funcional da sua história. Aos professores se juntaram várias outras classes funcionais para contestar o projeto do Senhor Governador que atinge salários e plano de carreira dos funcionários do executivo.
Se a greve do magistério não está em cem por cento dos profissionais é porque há muito tempo o Estado não abre novos concursos para magistério e contrata professores de forma emergencial. Esses contratados, não fazem greve porque correm o risco de serem demitidos imediatamente e, conseguir emprego está muito difícil.
É inadmissível, por outro lado, que o poder judiciário e legislativo mantenha seus funcionários com reajustes anuais e pagamento em dia enquanto o Executivo há mais de 5 anos não oferece nenhum reajuste e fica já a quase esse tempo parcelando salários.
O Executivo não está conseguindo se livrar dos sanguessugas com altos salários grudados nas secretarias e cargos de confiança por compromissos políticos assumidos.
Ora, se o Executivo não se sente competente para reverter essa situação, é muito simples: Exonere-se do cargo;
O Sr. Governador cercou-se de tecnocratas que não conseguem administrar órgãos públicos. São especialistas na área privada.
Então, que fiquem por lá e deixem a administração política para especialistas em economia e política pública.
O Rio Grande do Sul, é um grande exportador, porém, está nas mãos de poucos latifundiários. Para eles, está tudo bem. Mas para a população certamente que não. Por isso, o sonho de muitos é ir embora daqui.