Nova greve é fake, dizem entidades

Uma mensagem divulgada no último final de semana, em redes sociais e aplicativos, alertando para uma nova greve dos caminhoneiros provocou alarde na população, apreensiva com a possibilidade de uma nova paralisação. O chamamento, de autoria da União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC-Brasil), projetava a movimentação para depois do feriado de 7 de setembro. Em algumas cidades, a ameaça fez com que, da mesma forma que em maio deste ano, motoristas lotassem postos de combustível para abastecer, com medo da escassez. A nova greve, no entanto, é produto de notícias falsas e não deve ocorrer.

De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, e com a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), por meio de nota, não há chance de uma nova paralisação. O posicionamento das entidades, principais articuladoras da greve de maio, foi publicada pelo site G1, no domingo, 2. Os órgãos, que reúnem cerca de 1,5 milhão de caminhoneiros, afirmam ainda que não apoiarão uma possível greve.

“Nós não podemos a qualquer situação tentar promover movimento nacional de paralisação de caminhoneiros. Isso vai desvalorizar, desmerecer, perder a credibilidade para a categoria que teve o reconhecimento nacional da sua importância”, destaca Bueno.

O motivo para a suposta nova greve seria o reajuste no preço do diesel nas refinarias, de 13%, anunciado pela Petrobras na sexta-feira, 31. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciou que o preço dos fretes será ajustado, em função do aumento, mas o valor do diesel nos postos não deve variar: a medida provisória nº 838/2018, acertada após a mobilização do início do ano, mantém a subvenção de R$ 0,46 até dezembro. Por isso, as principais entidades representantes dos caminhoneiros não apoiam uma nova mobilização nacional.