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O fim de ano sempre tem sido uma época de muita alegria e felicidade. Eram os festejos de Natal e Ano Novo, confraternizações, os presentes, o 13º terceiro, as bonificações, e a consequente corrida ao consumo. Neste ano, entretanto, muitas pessoas estão preocupadas e até constrangidas.
O crescimento da produção industrial nos últimos meses, gerou novos empregos. Isso foi muito bom apesar de que os salários dessas contratações sejam muito inferiores aos do ano passado.
Mas, não houve o devido planejamento do setor público para o transporte de pessoas, principalmente, nas grandes cidades. O que se viu, então, foram grandes filas e aglomerações de pessoas em ponto de ônibus ou de outros tipos de transporte muitas, inclusive, sem qualquer preocupação com a própria proteção à pandemia.
Para o comércio, a restrição no horário de funcionamento das lojas também favoreceu as aglomerações, fosse interna ou externamente aos estabelecimentos.
Essas duas situações são exemplos claros de falta de planejamento público para a retomada da economia. Há muitas outras situações ainda que deixam o vírus da covid-19 com espaço aberto para infectar muito mais pessoas, entre as quais a falta de consciência da população até pela falta de exemplos “vindos de cima”; isto é: da alta cúpula da administração nacional.
É por isso também que temos em todo o Brasil o crescimento do número de infectados e de óbitos que na verdade não caracterizam uma segunda onda da pandemia. É um prolongamento da primeira provocada pelas pessoas mesmo.
Infelizmente, os políticos brasileiros não conseguem ser outra coisa senão políticos. Na hora de planejar as coisas parecem ser um zero à esquerda. Apenas seus discursos são convencedores de um povo inculto. São belos discursos vazios.
Para muitos, principalmente, os que estão hoje na economia informal, ou trabalham como autônomos e para os aposentados do INSS não haverá o décimo terceiro salário. Os informais e os autônomos são seus próprios patrões e os aposentados pelo INSS porque todo o 13º foi adiantado no início do ano para movimentar a economia estagnada pela crise instituída pela pandemia.
Mas, pelo menos, a falta de dinheiro evitará novas aglomerações diminuindo o risco de novas contaminações.
Para os governos também um período de impasse. Como a pandemia tomou muito espaço nos discursos e projetos do ano, algumas alterações de Lei já não têm a garantia de aprovação como é o caso da manutenção das atuais alíquotas do ICMS no Rio Grande do Sul que poderão retornar aos níveis anteriores às do governo Sartori.
Como previu o Ministro Paulo Guedes no início deste ano, “a covid-19 provocou uma imensa alteração de hábitos ao povo” e eu complemento: e a todos os governos também.
É assim que está terminando este ingrato 2020. Espero que o 2021, para todos nós, chegue de forma diferente deste, que se apresente mais calmo, que as pessoas consigam reorganizar suas vidas para um novo tempo de esperança de uma vida melhor, e que o Natal represente o renascimento da fé, do amor ao próximo.
Até o Ano que vem.