CARREGANDO

Busca

A bipolarização desta eleição

Com as pesquisas eleitorais atuais não tem mais como pensar diferente. Vai dar 2º turno entre Bolsonaro e Haddad. Teremos somente que observar o tamanho do ódio dos eleitores dos demais candidatos em relação a cada um dos dois que participarão do 2º turno eleitoral.

Tivemos aqui, no Brasil, desde a reeleição da ex-presidente Dilma, verdadeiros estertores de ódio, primeiro pelos diretamente derrotados e depois foi contaminando outros partidos do Centrão que culminou com a retirada do apoio à presidente e sua posterior cassação.

Desde o momento em que o apoio à presidente foi enfraquecido, a população começou a sofrer com as ações do poder econômico que foi paralisando obras porque não havia mais liberação de verbas porque não havia autorização dos órgãos competentes e a Lava Jato começava a mostrar sua cara prendendo alguns aproveitadores que se apoderavam de propinas constantemente esvaziando também os cofres públicos. Tudo isso causou o desemprego em massa que até hoje estamos observando nas estatísticas.

O processo é simples de entender: num país grande em extensão como o Brasil, o grande impulsionador é o Estado. Paralisando obras, milhões de pessoas ficaram sem emprego. Parte diretamente e muitas indiretamente.

Quando a população não tem dinheiro na mão, não gasta e se compra dificilmente consegue pagar. Na sequência o comércio sofre com a redução de vendas, lojas pequenas fecham e as maiores reduzem seu efetivo e, por consequência, compra menos. Aí a bomba vai para as indústrias que não tendo para quem vender, demite e na sequência também acaba fechando as portas.

Esse processo foi o que deixou o Brasil nesta situação a partir de 2014, culminando com a cassação de Dilma. Veja que até aqui deixei de lado toda a corrupção encontrada pela Lava Jato dentro do governo e das empresas públicas que não prendeu somente petistas. Tenho a impressão que em número, houve até mais MDBistas, tendo também muitos presos pertencentes a outros partidos.

Os dois candidatos que deverão concorrer em 2º turno apresentam propostas distintas para seus governos. Bolsonaro, indica ações de centro para a direita com incentivo ao setor de produção, se preocupando com segurança e educação, seguindo métodos militares. Ideia de privatizações de empresas que apenas têm servido de cabide de emprego para políticos derrotados em eleições, redução de ministérios e outros cargos buscando enxugar ao máximo a máquina pública. Por outro lado, Haddad tende a recriar um governo com o Estado maior, construindo obras e gerando emprego buscando fazer a economia evoluir mediante a distribuição de verbas para as classes mais pobres, tanto com empregos gerados, como também com programas anti-pobreza nos moldes do primeiro governo Lula.

Ambos conseguirão seus intentos se tiverem maioria em seu apoio no Congresso, caso contrário, as negociações para poder governar voltarão a depender de cargos e acordos. Do “toma-lá-dá-cá”, precisando-se manter estatais para engordá-las com pessoas incompetentes e com altos salários.
Uma boa reforma política poderia ocorrer imediatamente. Eleição em dois turnos: 1º só presidente e governadores; no 2º dois candidatos a presidente e governadores, e montagem do Congresso Nacional. Facilitaria o entendimento.

Uma ótima eleição para nós todos.

.

Renan Alberto Moroni

Últimas colunas