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Porque onerar a folha se as aposentadorias despencaram?

Pode ser que eu esteja completamente errado, entretanto, a retomada do ensino presencial a partir do ensino infantil, mostra apenas que nossos governantes estão muito longe de conhecer a realidade do estado, como também do país inteiro. Esses governantes, na realidade, não vivem aqui neste país onde 5% da população têm nas mãos 90% das riquezas e onde apenas 8% têm efetivamente casa própria e algum dinheiro em poupança.
É incrível, porém, quem deveria estar voltando hoje, ou até já poderia ter voltado há algum tempo são aqueles estudantes que estão por concluir o 2º grau para que não perdessem a sequência de ensino e pudessem prestar vestibular ou serem analisados via Enem para ingressarem no ensino superior.
Quem está no meio dessa corrida que são os alunos de escolas infantis, de 1º grau e os de primeiro e segundo anos do 2º grau terão tempo de recuperação do espaço perdido. Naturalmente será mais duro, porém, com professores melhor preparados para atuar via internet, alunos com maior interesse em aproveitar seu “Face” para buscar informações, além do Google e outros caminhos, não perderão o ano. Em pouco tempo, aliás, esse 2020 será recuperado, como sendo o ano da educação diferenciada.
Os meios virtuais tomariam espaços que antes foram dedicados a xingações e castigos. O que realmente pode atrapalhar um pouco, são aqueles professores que não conseguem acompanhar o progresso da informática que avança em alta velocidade nesses últimos anos, até pelos baixos salários que recebem.
Então vejo que é nesse sentido que o País, os Estado e os Municípios podem oferecer cursos de atualização aos professores. Não será trazendo palestrantes, que vêm com palavras bonitas e indecifráveis, para proferirem palestras vazias e fora da nossa realidade como tivemos muitas no tempo em que eu lecionei que nossos queridos mestres poderão atender melhor os alunos neste tempo de alta evolução da tecnologia.
O mercado, por sua vez, aos poucos vem se recuperando.
Com a constante queda nos percentuais de contaminação e morte pela pandemia que ainda nos assola, as empresas vêm se adaptando.
A retomada dos empregos é questão de tempo e a atitude de prorrogar o auxílio emergencial até o final do ano é uma atitude sensata do governo para que as pessoas tenham o mínimo para viver até a recuperação mais forte de todo o setor econômico.
O importante também é que a desoneração da folha de pagamentos seja mantida, não até o final do ano que vem; mas para sempre porque o mercado precisa ser competitivo e com as reformas previdenciárias feitas no ano passado, o custo de aposentadoria dos empregados já não afligirá mais o caixa do INSS.
Desde o governo FHC, depois com Lula, depois com Dilma, depois com Temer houve tentativa de reformular nosso sistema previdenciário.
Ele aconteceu de uma forma mais ou menos radical no governo de Jair Bolsonaro.
Errado? Não.
Porém, como no decorrer dos anos nós, os aposentados mais antigos, vamos deixar de “sugar” o caixa da previdência e as aposentadorias serão mais difíceis e menos onerosas, por isso, também o Estado deve deixar as empresas trabalharem mais livres, não é?

Renan Alberto Moroni

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