CARREGANDO

Busca

Comemorações

A coluna dessa semana será diferente das outras já feitas. Tratarei de dois tópicos distintos. O primeiro tópico, e por ser dessa área, será as comemorações do dia 1º de setembro. Dia do profissional da Educação Física. Essa celebração ocorre nessa data por coincidir com a data que foi instituída a Lei Federal nº 9696, que regulamentou a Profissão de Educação Física e criou os Conselhos Federais e Regionais de Educação Física.
Esse importante profissional da área da saúde, que muitas vezes é reconhecido nas academias por “Só mais um...”, “Um pouco mais rápido...”, “Não para...” ou nas aulas na escola, como aquele professor que joga a bola e deixa a turma jogar futebol.
Não é o intuito entrar nos méritos dos profissionais e na sua importância. Mas são indispensáveis quando falamos em qualidade de vida. Desejo vida longa à Educação Física.
Segundo tópico será sobre os jogos para-panamericanos que encerraram no último domingo no Peru. Acredito que poucas pessoas acompanharam ou mesmo sabiam que estava ocorrendo esse evento. Ouvimos falar tanto em inclusão, mas onde estão as transmissões desses jogos? Onde estão as reportagens? Porque os atletas não recebem o título de heróis?
Auxilio nesse item informando que os para-atletas brasileiros conquistaram o primeiro lugar no quadro geral de medalhas, mais que o dobro de ouros do 2º colocado (124 Brasil e 58 EUA) e quase o dobro no total de medalhas comparando com o 3º colocado (308 Brasil e 185 México). Em 3 dias de competições subiram ao pódio 121 vezes. Foi a melhor marca na história da participação brasileira nos jogos.
Para comparação, os atletas “normais” tiveram rendimento bem abaixo (2º colocado com 55 ouros e 171 no total).
Agora pergunto. Considerando os esportes na sua forma ampla e complexa, quem deveria ser mais valorizado como atleta? Um jogador de futebol que joga fora do país, que entra em escândalo após escândalo, ganha milhões por ano em salários e patrocínios, tem uma equipe completa trabalhando para otimizar seu desempenho e quando entra em campo para defender a seleção brasileira não consegue ficar em pé jogando, ou um atleta amputado, aquele com baixa visão ou cego, os deficientes intelectuais, os paralisados cerebrais, os cadeirantes que possuem, e enfrentam, uma realidade bem diferente.
Fica a questão para a reflexão.

Jean Rasia

Últimas colunas