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A mulher e o mercado de trabalho

Ao celebrar o Dia Internacional da Mulher, é comum levantar questões relacionadas aos desafios que envolvem o papel da mulher na sociedade atual. Mesmo com os avanços, conquistando mais direitos e assumindo atividades predominantemente masculinas, permanece o esforço coletivo para diminuir o preconceito e a desvalorização feminina.

No meio corporativo não é diferente. As principais causas da desigualdade salarial nas empresas estão relacionadas à cultura machista e a entrada tardia das mulheres no mercado de trabalho. Uma pesquisa publicada recentemente pela Revista Exame (Edição 1150, 11/2017) indica que apenas 16% das mulheres ocupam cargos de liderança. E quase metade das empresas brasileiras não tem, sequer, uma mulher entre seus diretores.

Mesmo com este cenário desfavorável, as mulheres têm buscado seu espaço no mercado de trabalho com muito esforço e determinação. Seja assumindo cargos de liderança ou como profissionais liberais e empresárias de sucesso. Inúmeras são as histórias de mulheres que enfrentaram situações adversas e conseguiram destaque dentro da sua área de atuação. Sabe-se que muito ainda precisa ser feito para que homens e mulheres sejam avaliados e reconhecidos no ambiente empresarial pelas suas habilidades e não pelo seu gênero. No entanto, o mais importante é que as mulheres continuem buscando formação acadêmica, desenvolvendo suas competências e sua autoconfiança, para realizar seus objetivos na vida pessoal ou profissional.

É interessante destacar também que a diversidade de gêneros é positiva para os negócios. Há estudos que comprovam melhores resultados financeiros em empresas onde homens e mulheres ocupam cargos de gestão. De certa forma, perspectivas diferentes permitem que as capacidades sejam complementares, ou seja, aumentam as chances de competitividade e geração de resultados.

Há que se considerar também a habilidade feminina para lidar com várias tarefas ao mesmo tempo. Como necessidade natural resultante da gestão familiar, a mulher é, geralmente, mais atenta aos detalhes - o que aumenta as suas chances de êxito. Além disso, tem uma capacidade maior para superar adversidades e manter-se firme e comprometida na busca de seus objetivos. São comuns os exemplos de mulheres que conseguem reverter situações adversas através de sua resiliência e força de vontade.

Uma coisa é certa: as diferenças de gênero continuarão presentes no dia a dia das mulheres, principalmente no mercado de trabalho. E talvez a alternativa, para as mulheres, seja continuar buscando conhecimento e desenvolvimento. Ter a coragem de avaliar-se e identificar as dificuldades e os pontos de força. Acima de tudo, valorizar-se pelo que já foi conquistado, pessoal e profissionalmente, sem precisar atender padrões de beleza ou de comportamento exigidos pela sociedade.

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Aline Agatti

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