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Sabemos da importância e da evolução que tivemos com o invento da internet, e que ela também nos ajudou a construir interações e conexões quando estamos longe uns dos outros. Isso ficou mais do que provado neste ano de pandemia e isolamento social. Mas, ao mesmo tempo, precisamos lembrar que as redes sociais podem afetar negativamente a vida das pessoas e seus relacionamentos.
Recentemente foi lançado pela Netflix “O Dilema das Redes”. Este documentário contém informações trazidas por ex-executivos do Facebook, Youtube, Google, Twitter, Instagram, entre outros. O filme aborda os perigos que a massiva coleta dados pelas redes sociais e aplicativos pode causar aos usuários individualmente e enquanto sociedade.
O que fica claro é o objetivo que as redes têm, e que nem sempre temos consciência clara disso, elas querem ganhar dinheiro. As empresas lucram com anúncios direcionados, e esse direcionamento só é possível porque nós fornecemos dados. Cada clique, curtida, comentário e tempo passado olhando para uma imagem essas informações são guardadas e muito bem utilizadas por essas companhias. O objetivo é manter os usuários cada vez mais conectados para que, assim, ele forneça mais dados e esteja mais exposto à publicidade. Aquele exemplo típico que entramos num site para buscar o valor de um produto e depois esse produto por inúmeras vezes aparece na nossa tela.
A inteligência artificial descobre o que causa reação em cada usuário através da simulação de dados e executa através de algoritmos (sequência de ações que visam obter a solução de um problema) comandos para a exposição de materiais em nossa tela. Isso ocasiona a exploração da vulnerabilidade do psicológico humano que é usada contra nós mesmos. Nesse sentido, a rede social deixa de ser uma ferramenta positiva e acaba trazendo prejuízos para as pessoas, como a dependência, a baixa autoestima, sintomas depressivos entre outros.
Apesar dos riscos, não é preciso se apavorar. O fundamental é termos consciência da situação para poder escolher o que queremos e não sermos induzidos por eles a algo que não desejamos. As redes sociais e demais produtos de tecnologia já estão tão inseridos no nosso cotidiano que talvez seja impossível voltar atrás. O mais importante é a atenção ao limite e tipo de uso das redes sociais, além, é claro, de um equilíbrio. Não podemos deixar que as tecnologias nos dominem e, sim, que sejam aliadas das nossas tarefas diárias.
