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Vivemos em uma sociedade que nos cobra que devemos dar conta de tudo, trabalhar, ler, estudar, estar com a família, cuidar da casa, estar com os amigos, produzir, produzir, produzir. Muitas pessoas têm se queixado da falta de tempo. É comum escutar ‘eu não tenho tempo pra nada’, ‘eu vivo correndo’... Mas, para além da quantidade de tempo que conseguimos nos dedicar as tarefas diárias, precisamos pensar e avaliar como anda a qualidade do tempo que destinamos às nossas atividades pessoais.
Atualmente, ouvimos muitos relatos de pessoas que no seu dia-a-dia percebem o quanto estão no “piloto automático”, isso quer dizer, que nem param e pensam no que estão fazendo, apenas “fazem”. Quando esse tipo de situação se torna uma constante na vida do sujeito, e não uma exceção, é preciso ligar um sinal de alerta. Por exemplo, pode parecer um ganho de tempo almoçar enquanto escuta e responde mensagens de WhatsApp, mas isso acaba sendo prejudicial para a saúde física e psicológica.
Estar no piloto automático nos dá uma falsa sensação de estarmos dando conta de tudo, porém, geralmente quando fazemos desse jeito, não conseguimos a mesma qualidade de aproveitamento que conseguiríamos se estivéssemos em outro ritmo, dedicados e conscientes daquilo que estamos fazendo. Essa situação normalmente gera sobrecarga, cansaço e estresse. Além disso, por vezes surge até o sentimento de desvalia por não conseguir fazer com eficiência e qualidade. Ou ainda, sensação de culpa por não conseguir descansar, deixar a cabeça livre, sem demandas.
Percebemos que a grande maioria das pessoas não tem um tempo livre e de qualidade. Se está parado, está checando mensagens, atualizando os e-mails... querendo “aproveitar” e dar conta do que está pendente. Raramente conseguimos passar tempo sozinhos, parados, fazendo uma pausa de qualidade como se merece.
O mundo nos cobra que nos esforcemos para dar conta de tudo, porém, cabe a nós nos posicionarmos frente a isso e lembrar que ter tempo livre também é essencial para nosso bem estar físico e emocional. O tempo livre precisa ser vivido também “fazendo absolutamente nada”. Precisamos dar espaço para realmente viver, sentir, amar, sorrir, brincar, experimentar, e só conseguimos isso se nosso piloto automático estiver desligado.