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Atividade física no combate ao câncer

Os próximos dois meses serão dedicados a conscientização e promoção do diagnóstico precoce do câncer, especialmente de dois tipos, o de mama (outubro rosa) e de próstata (novembro azul).
Câncer é uma doença caracterizada pela mutação de parte do DNA celular, como consequência, temos uma multiplicação anormal de células que pode atingir qualquer parte do corpo. É uma das principais causas de morte no mundo, e os casos mais comuns são: pulmão (2,09), mama (2,09), colorretal (1,8), próstata (1,28), câncer de pele não-melanoma (1,04), e estômago (1,03). Dados em milhões do site da Organização Pan-Americana de Saúde de 2018.
A atividade física é citada como uma ação preventiva, diminuindo a probabilidade de obtenção da doença, porém estudos mostram a importância dela no tratamento (atividades leves e aeróbicas) e após a cura da doença. De forma resumida, como ela atuaria.
Ação preventiva: indivíduos fisicamente ativos tornam o corpo mais sensível a alterações o que facilita o diagnóstico. Minimiza os efeitos do sedentarismo e da obesidade, (alterações fisiológicas como a formação de radicais livres e danos oxidativos, redução da capacidade de reparo do DNA, modificação das atividades de enzimas carcinógenas, aumento do refluxo gástrico e do trânsito gastrintestinal com uma maior exposição da mucosa a ácidos, aumento da resistência à insulina e alterações no equilíbrio hormonal endógeno).
No tratamento: auxilia na melhora no apetite, auto-estima e autopercepção, aumento do consumo de oxigênio, redução de náuseas e depressão. As células doentes exigem um grande consumo de energia do corpo aumentando a fadiga. Nesse sentido, ao se elevar o gasto energético de forma controlada com exercícios, o organismo saudável terá uma exigência maior de energia competindo com o tumor. Por consequência o tecido doente terá menos nutrientes disponíveis, facilitando o tratamento.
Como reabilitação: além de atuar na autoestima e psicológico, têm importância na recuperação da mobilidade e amplitude de movimentos, prevenindo a atrofia muscular e limitações articulares, e na redução da possibilidade do surgimento de linfedemas.
A atividade física não elimina os riscos de doenças, mas funciona como o cinto de segurança ou airbag nos carros, minimiza os riscos de morte. Após ler essa coluna, que tal colocar uma roupa adequada e um tênis, e começar a se exercitar?
* Artigo base: Atividade física na prevenção e na reabilitação do câncer.

Jean Rasia

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