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Legado de Tokyo

No último domingo nos despedimos de mais uma edição dos Jogos Olímpicos de Verão. Tokyo deixará saudades para milhares de pessoas, que acompanharam pela televisão, impossibilitadas de estarem nas arquibancadas devido as restrições da pandemia, que sem sombra de dúvidas, em tempos “normais” ficariam lotadas.
A delegação brasileira contou com 302 atletas, disputando 35 das 42 modalidades promovidas. O atleta de maior idade foi Marcelo Tossi do hipismo com 51 anos, e a atleta brasileira mais nova da história a participar de uma olimpíada foi a skatista Rayssa Leal com 13 anos 203 dias. Atingimos o recorde de medalhas, com 7 ouros, 6 pratas e 8 bronzes, total de 21 medalhas e a 12ª posição no ranking geral.
Os atletas treinaram diariamente nos últimos cinco anos, alcançando seu maior potencial competitivo para superar os adversários e serem campeões olímpicos. Em alguns casos, além das medalhas, quebraram os recordes de suas modalidades. Entre marcas olímpicas e mundiais, 67 registros anotados nessa edição.
Apenas para termos uma noção mais real de alguns feitos. A Av Independência, da rótula até a entrada da Buarque, tem quase 1500m. Os atletas fizeram esse percurso em 3m53s11 e 3m28s32 feminino e masculino respectivamente. No levantamento de peso categoria +109kg, o georgiano Lasha Talakhadze ergueu 488kg. Quantos iguais a você ele levantaria? No lançamento de martelo, um peso aproximado de 7kg foi lançado mais de 82m. É quase um campo de futebol. O espanhol Alberto Lopez escalou a parede de 15 metros em 6s42. É como subir um prédio de 5 andares, em pouco mais de 1 segundo por andar.
Além dos recordes, as olimpíadas mostram como o esporte pode ensinar belas lições. Os skatistas torcendo e comemorando nas apresentações dos adversários. Nas eliminatórias femininas dos 1500m, a determinação da holandesa Sifan Hassan, que caiu durante a prova, não desistiu e ganhou a corrida. O brasileiro do arremesso de peso que treinava em um terreno baldio, teve uma lesão, pegou Covid e sem desistir do objetivo e superando todas as expectativas, conseguiu o 4º lugar na prova. São apenas alguns exemplos de tantos outros.
Daqui duas semanas, inicia as paralimpíadas 2021. Emoção, superação, participação, conquistas e aprendizados subirão nos podiums novamente. Ficamos na torcida que as belas lições do esporte, sejam implantadas na vida diária tão conturbada que vivemos.

Jean Rasia

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