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O projeto Brasil!

Caros amigos, na tentativa de buscar algumas explicações e ao mesmo tempo entender um pouco das nossas características atuais, ou seja, das características do povo Brasileiro como um todo, comecei a ler um livro cujo título é “A história do Brasil para quem tem pressa” do escritor Marcos Costa (Ed. Valentina – 1º ed/2016). O livro é bem interessante para quem se interessa sobre a história do nosso País, pois salvo melhor juízo, somos também, fruto do nosso passado.
Neste sentido, quero dividir com vocês parte do texto que se encontra já no início da obra e que, no mínimo, gera uma profunda reflexão. Transcrevo: (...) Desse modo, segundo Raymundo Faoro, pode-se dizer que, da chegada de Cabral até Dilma Rousseff, uma estrutura político-social resistiu a todas as transformações fundamentais: “A comunidade política conduz, comanda, supervisiona os negócios, como negócios privados seus, na origem, como negócios públicos, depois [...] Dessa realidade se projeta a forma de poder, institucionalizada num tipo de domínio: o patrimonialismo.” Esse imperativo categórico da sociedade brasileira, ou seja, a inviolabilidade daquilo que foi assim desde sempre, cria um elo profundo entre os que aqui chegaram em 1500 e os que aqui hoje estão. Os mesmos objetivos os animam: a espoliação, a expropriação, o lucro, a exploração. Esses fins justificam os meios utilizados, que passam sempre ao largo de um projeto de país, sempre ao largo dos interesses do povo. Não existe no Brasil, nem nunca existiu, um projeto de nação. Um projeto robusto que levasse em conta o interesse de todos, planejado para durar gerações e que pairasse acima dos eventuais problemas políticos. Como o que ocorreu no Japão, arrasado na Segunda Guerra Mundial. O Brasil só vai se encontrar com o seu futuro quando um pacto social em torno de um projeto de nação for estabelecido e jamais rompido.
É bom salientar que o livro foi escrito em 2016, por isso a referência da então Presidente Dilma no texto acima transcrito, contudo o certo é que, de forma atemporal, o texto acima merece e exige uma profunda reflexão. Alguém discorda?

César Ongaratto

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