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Seríamos omissos?

Caros amigos, todos os dias procuro me manter informado dos fatos que acontecem neste País chamado Brasil. Em muitas oportunidades confesso que um sentimento de impotência anda tomando conta de mim, em especial quando o assunto é a corrupção política e os privilégios de uma “meia dúzia”.

Todas as vezes que este sentimento chega, inevitavelmente me pergunto se não sou, mesmo que de forma indireta, responsável por ele. Sim, responsável porque talvez eu esteja me omitindo quando deveria ter uma posição mais ativa e mais enérgica diante de tudo que acontece. Aí, meus caros amigos, vem a pergunta que não quer calar: Seria eu omisso?

Se alguém, além de mim, já se fez essa pergunta sabe o quanto é difícil reconhecer a própria responsabilidade diante de alguns fatos. Sim, porque como já escrevi em outras oportunidades, acredito que, de forma quase generalizada, estamos perdemos nossa capacidade crítica, nossa capacidade de lutarmos em prol do bem coletivo, nossa capacidade de nos mobilizarmos, afinal, e salvo algumas exceções, estamos assistindo a tudo em um silêncio quase ensurdecedor.

Adoraria mudar minha opinião, mas o que tenho ouvido e visto por aí só reforça minha tese de que, de certa forma, também sou responsável pelos problemas sociais que hoje me causam tanta angústia e sofrimento, e aí, inevitavelmente, lembro da frase imortalizada por Martin Luther King: “o que me preocupa não é o grito dos maus e sim o silêncio dos bons”.

Por fim, deixo um questionamento para que todos nós possamos refletir juntos: Seríamos realmente omissos? Espero que a resposta, qualquer que seja, venha desprovida de hipocrisia...

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César Ongaratto

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