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Substituir a tubulação da rede de abastecimento de água no município que parece ser muito antiga, e de amianto, o que é agravante, diminuiria os rompimentos e, em tese, amenizaria as consequências em relação à falta de água em muitas residências garibaldenses. E o que fazer quando o abastecimento é interrompido, por vários dias, como ocorreu na última semana?
A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) parece não se ‘esforçar’ para cumprir com a sua parte no contrato que assinou com o município para a exploração do serviço. Não há números, pelo menos, divulgados, de quanto a Companhia investe na infraestrutura local. Se investe, pelas frequentes reclamações, não são cifras expressivas.
Retorno tem, pois estima-se que a Corsan sobre, de forma líquida, mais de R$ 2 milhões/ano. O contrato não prevê porcentagem alguma de retorno do valor arrecadado para investimentos na rede, ao contrário do que acontece em Bento Gonçalves, que obriga, sobre o valor arrecadado, 25% serem destinados a melhorias na infraestrutura.
O município tem, dentro do que é possível, exigido o cumprimento das cláusulas do contrato, mas é igualmente refém da situação. Não há como romper com a Corsan. Aliás, essa possibilidade existe, mas quem cuidaria do serviço depois? O município não tem essa capacidade. Não assim, de forma imediata, sem um plano de contingência. Pedir o rompimento do contrato seria uma imprudência com o município como um todo.
A Corsan tem também uma comunicação deficitária e quem não comunica bem é mal interpretado. Muitas das interrupções no abastecimento poderiam ter um aviso prévio, assim evitaria transtornos aos moradores. Não é uma tarefa complexa, pelo contrário, fácil de ser implementada.
De qualquer forma, a Corsan precisa voltar a investir em sua infraestrutura de rede no município. Somente os recursos, que precisam ser aplicados para melhorar o serviço, é que acabarão com as queixas.
Bom final
de semana!