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A compra pela preservação
Não há como não citar a Congregação dos Irmãos Maristas quando o assunto em pauta for o ensino no município. Os mais jovens, talvez, não saibam, mas a Escola de Ensino Fundamental Santo Antônio, como se denomina hoje, foi uma instituição majestosa na tarefa de educar e formar cidadãos de bem no município. A imponência do então Colégio Santo Antônio não estava apenas na estrutura física, mas na sua missão de ensinar. O Colégio, aliás, era o destino certo para quem vencia as primeiras séries.
Dos longínquos anos de 1904 (o educandário foi fundado em 3 de junho de 1904), aos dias atuais, muita coisa mudou. A já difícil tarefa de educar subpõe-se a outras barreiras. Quase órfão do estado, o Colégio Santo Antônio tem outros obstáculos, não menos desafiadores, a vencer, como a saída em definitivo dos Irmãos Maristas.
A intenção de venda, pelos Maristas, do terreno e benfeitorias, com uma área total de seis mil metros quadrados, não é nenhuma novidade. Há algum tempo, inclusive, os Irmãos ‘deixaram’ o município. A estrutura permanece, à espera de uma solução.
Embora ainda não confirme oficialmente, o município tem a intenção de adquirir o patrimônio, considerado histórico por muitos. É um alento, se considerarmos a importância da preservação. Foi assim com o estádio Alcides Santarosa e parte do Convento São José. Se o prédio do Santo Antônio não for adquirido pelo município corre o risco, por exemplo, de ceder o espaço ao setor imobiliário.
Há diferenças também entre uma compra como essa, do imóvel dos Irmãos Maristas, e a do antigo prédio do Banrisul, na Av. Júlio de Castilhos. O prédio dos Maristas é histórico, já o do Banrisul, que pertence ao Estado, é velho, inadequado e caro. É importante fazer essa consideração.
Diante do tempo, voraz e sem clemência, há uma luz no fim do túnel. Uma luz que pode dar ao prédio Marista uma sequência ao seu legado e um verdadeiro presente ao Colégio que completa, justamente neste ano, 115 anos de história.
Vem pra Fenachamp!!
E bom final de semana!
