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Só a economia forte salva Bolsonaro

O discurso ético amplamente defendido pelo então candidato Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2016 o levou à vitória. Bolsonaro tornou-se presidente porque seus eleitores não condescendiam e, ainda não condescendem, com a corrupção, com os desmandos políticos que acompanhamos, diariamente, em Brasília. Portanto, quando você contraria o que prega, você perde a confiança daqueles que o elegeram.

O ex-juiz Sérgio Moro, do Ministério da Justiça, deixou a pasta questionando os motivos do presidente Bolsonaro para a troca do comando da Polícia Federal. Ministro questionando presidente? Não aceitando mudanças?

O status de ‘herói da nação’ pelos relevantes serviços prestados na operação Lava Jato e que levaram tantos agentes políticos à prisão, entre eles, o ex-presidente Lula, por desvios sistemáticos de recursos públicos, pode ter misturado os sentidos de Moro na pirâmide hierárquica do Planalto.

Precipitado, ou não, Bolsonaro é o presidente, portanto, é ele quem manda. O presidente pode até ter perdido muitos seguidores com a saída de Moro, porém, outros tantos ainda o seguem e esperam que ele faça um bom governo. Aliás, só a economia pode salvar Bolsonaro após esse episódio, já que suas declarações e atitudes são quase sempre controversas. Mas um país forte economicamente não salva qualquer presidente? Sim!

Não serão as saídas de Luiz Henrique Mandeta, da Saúde, de Sérgio Moro, da Justiça, ou de qualquer outro ministro que abalará o governo se a economia estiver ‘bombando’. Crises políticas não são mais uma novidade em Brasília, infelizmente ou não, já estamos acostumados desde os governos anteriores.

É claro que o combate à corrupção, como a manutenção da ética, deve permanecer como pontos referenciais, mesmo sem àquele que representava essa bandeira como ninguém no Planalto. Bolsonaro só sobreviverá no cargo e de sua falta de aptidão política, se Paulo Guedes, seu Ministro da Economia, conseguir implementar as reformas e seu plano de crescimento para o país. Moro, por hora, já era! O Brasil precisa seguir em frente.

Bom final
de semana!

Julmei Carminatti

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