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O governo de Eduardo Leite estabeleceu três lotes regionais para transferir a gerência das rodovias gaúchas à iniciativa privada já a partir de 2022. Os leilões devem acontecer ainda no final deste ano, como espera o Piratini.
O plano de concessão anunciado pelo governador agrada. O que ainda incomoda é o preço da tarifa nas praças de pedágio. Mas há um alento, acredite. A intenção é conceder pouco mais de mil quilômetros de rodovias por 30 anos, mas com a exigência de duplicação e até a triplicação de 73% dessa malha rodoviária.
Com pouco mais de 900 dias de governo, Eduardo Leite mostra um Estado com sinais vitais renovados. A condição se dá pelas reformas estruturais feitas neste período e por uma reorganização da máquina pública, embora esta ainda responsável por gastos excessivos do Executivo. Na verdade, os governos estão cada vez mais cingidos em matéria de investimentos pelo alto custo com seus servidores.
De qualquer forma, a aposta é o programa denominado por Leite e por sua equipe, de “Avançar”. Nele, estão as ações e os investimentos no estado para os próximos anos. Em um artigo que publicou no início de junho, o governador trata a proposta como um amplo programa transversal, a partir do qual o RS abrirá novos horizontes em todas as áreas de atuação. “Com o Avançar, queremos acelerar e produzir muito mais do que realizações administrativas: queremos proporcionar um legado objetivo, para que os nossos sucessores tenham melhores condições de gestão e consigam aprofundar ainda mais a transformação”, defende o governador.
Seja como for, e esperamos que dê certo, o fato que ainda inquieta a nós, contribuintes, é a conta a ser paga. É o pedágio logo ali à frente, ou o buraco que poderá estragar a sua viagem. Que escolha temos? Para que tantos impostos, então? A iniciativa privada investirá R$ 3,9 bilhões na infraestrutura viária nos próximos cinco anos, algo que o próprio governador se orgulha em divulgar.
Nem poderia ser diferente, afinal, essas empresas terão o retorno desse investimento, ah, de forma corrigida, é claro. E adivinhe de onde sairá esse reembolso? Exato, do nosso bolso.
Bom final
de semana
