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Após amargar uma recessão em 2020 a economia deve crescer 4% em 2021, e o PIB industrial, 4,4%. A recuperação está em andamento, mas o crescimento econômico no terceiro e quarto trimestres não serão suficientes para salvar o ano de 2020. É a expectativa sobre a nossa economia.
Há um índice positivo aí, esse de 4% de crescimento, mas parece não despertar a atenção, tão pouco a euforia em nós. O Brasil anda estranho, onde nem mesmo uma notícia econômica positiva nos alenta. A população anda estranha, afinal, a polarização não soma, sequer ajuda, confunde. E a consequência de tudo isso são as pessoas estranhas que nos governam.
Não há mais segurança em nada. Não há mais segurança jurídica, não há mais segurança econômica e nem mesmo sabemos se há segurança na urna eletrônica. A urna eletrônica, gente! Aquele aparelho que usamos, a cada eleição, para definirmos os rumos do município, do estado e do país!
E o presidente agora organiza desfile militar em Brasília! Uma mera coincidência ou quer Bolsonaro com isso passar uma mensagem aos ministros do Supremo Tribunal Federal.
Pois é, está difícil de entender o Brasil. Li, recentemente, um artigo sobre as manifestações de rua ocorridas no país que pediram, acima de tudo, o fim da corrupção. Essas manifestações também tiveram outro peso, além, é claro, de destituírem os governos petistas. Elas aceleraram o processo de polarização política no Brasil, seja através da disseminação de notícias falsas nas redes sociais, nas notícias televisivas ou em outras mídias de acesso audiovisual.
A polarização política no Brasil se transformou na tradução de ofensas e ataques agressivos, quando o correto seria a busca pelo diálogo sério, responsável e construtivo.
Há uma incapacidade de ambos os lados, esquerda e direita, de criarem argumentos convincentes e conciliarem assuntos de interesses comuns.
É uma conclusão amarga, cruel, mas realista da política nacional, às vésperas de uma nova eleição.
Bom final
de semana
