(54) 3462 6033
Vaias incomuns para quem pagou R$ 660 de ingressos
O discernimento parece algo ambíguo hoje em dia. Talvez, a ‘difícil’ tarefa de separar o certo do errado não é coisa do momento, sempre existiu no Brasil. Mas algo mudou. As redes sociais destituíram o caráter místico do brasileiro. Elas, na verdade, desnudaram boa parcela da população que aposta em ideologias.
A ideologia cega o discernimento. Daí, a tarefa de separar o certo do errado se embaraça, criando, sobre algo simples, um novo conceito, complexo e amarrotado.
Basta analisarmos o episódio ocorrido com o Presidente Jair Bolsonaro, no estádio do Maracanã, na final da Copa América, quando Bolsonaro acabou vaiado por parte do público presente. Não são as vaias que incomodam a mim, nem a você, acredito, e nem mesmo ao Presidente, talvez. Afinal, reclames públicos de inconformidade, principalmente, em se tratando de políticos, são livres neste país, inclusive, depuseram dois presidentes da República.
O que incomoda neste mesmo episódio é que Bolsonaro foi vaiado por um público que pagou, em média, R$ 660 pelo ingresso do jogo. Ou seja, esse público está reclamando do quê? Isso é um exemplo da quase cegueira ideológica. Quem vaiou o presidente, talvez, não pertença à parcela de assalariados deste país, cujo a preocupação maior, neste momento, é como ficará sua situação com a reforma da previdência.
Atitudes como essas são também uma espécie de parâmetro do que está se tornando (ou se tornou) a ideologia política brasileira. Nada mais surreal do que a insistência dos partidos de esquerdas (e de muitos cidadãos também) na inocência do ex-presidente Lula.
Ideologias partidárias desconstroem a verdade, tornando difícil a tarefa de separar o certo do errado, por mais simples que seja a decisão para você. Essas ideologias colocam pessoas umas contra as outras, destroem nações através da incitação ao caos. Abra seus olhos, não se deixe influenciar por uma narrativa que enxerga apenas um lado da história.
Bom final de semana!