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Caros amigos, nos tempos “modernos” é possível perceber
a presença um novo personagem no cenário político e social,
o conhecido ativista de sofá ou slacktivism. No site Wikipédia,
encontramos a seguinte defi nição: “Slacktivism é um neologismo
da língua inglesa formado pela amálgama das palavras
slack e activism, o que signifi ca “ativismo preguiçoso” ou “ativismo
de preguiçosos”. Apesar do termo, originado em 1995
ter surgido com uma conotação positiva, atualmente o mesmo
é usado de forma jocosa, depreciativa e pejorativa para designar
ações e campanhas (em geral, de Internet. E em geral, de
redes sociais) com pouco ou nenhum resultado prático efetivo
em que as pessoas participam apenas para mostrar engajamento,
buscar uma identidade ou aliviar consciência ou culpa,
apesar de essa assunção não ter sido deduzida pela investigação”.
Pois bem, para identifi carmos alguns ativistas de sofá basta
um simples passeio pelas redes sociais, onde nitidamente é
possível perceber a vocação de alguns em querer demonstrar
seu engajamento nos mais diversos assuntos. Não que isso
seja um problema, muito pelo contrário, a sociedade precisa
de agentes de mudança. Contudo, beira a incoerência “profetizar”
algo nas redes sociais e não reproduzir tal narrativa na
vida real.
Talvez, e isso é apenas uma hipótese, as frases transcritas
no início deste texto façam algum signifi cado, em especial
quando afi rmam que algumas pessoas têm buscado o engajamento
virtual apenas na busca de uma identidade ou
para aliviar o sentimento de culpa. O certo é que, nos tempos
modernos, temos mais ativistas de sofá do que pessoas que
realmente dedicam seu tempo (real e não tempo virtual) para
promover as mudanças que tanto desejam e propagam, afi nal
sabemos que “resmungar” sentado em um sofá é bem mais
confortável. Concordam?
