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No limite!

Caros amigos, no momento em que escrevia essa coluna os leitos de UTI no Estado do Rio Grande do Sul apresentavam uma taxa de ocupação de 100,1%, ou seja, das 2.894 vagas disponíveis (entre SUS e Privado) existiam 2.897 vagas ocupadas, fora a fila de espera para internação. Em uma linguagem simples, chegamos ao limite de atendimento da nossa rede hospitalar. Não existem mais vagas, nem para SUS nem Privada, seja para COVID-19 ou outras emergências (exemplificadamente: apendicite, AVC, derrame, acidentes).
Mas se estamos a mais de 01 ano no meio dessa pandemia, porque chegamos a essa dramática situação somente agora? Bom, na minha visão isso tem origem em 03 três grandes pilares: a) politização da pandemia (talvez o maior pecado); b) o evidente relaxamento das medidas de proteção; e c) circulação de uma nova cepa do vírus no Estado (P1). É claro que estes 03 pilares podem se desdobrar em outros, mas a linha central seria essa.
Diante deste triste cenário qual seria a solução? Simples, intensificação das medidas de proteção (distanciamento social, uso de máscara e álcool gel) até que se consiga vacinar boa parte da população. Se olharmos os números de outros Países, a eficácia da vacinação tem sido comprovada com a redução das taxas de transmissão (vide Israel).
Assim sendo, o momento exige cuidados redobrados para evitar o contágio pelo vírus e a necessidade de atendimento hospitalar. Buscar culpados, destilar ódio nas redes sociais e propagar “milagres” para combater um vírus que não tem cura até o presente momento não vai resolver absolutamente nada. O momento é de acreditarmos na ciência e buscarmos alternativas para que a vacinação ocorra de forma mais rápida, pois hoje o Brasil vacinou pouco mais de 3,3% de sua população, número absolutamente abaixo do esperado.
Alguém discorda?

César Ongaratto

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