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Caros amigos, nesta semana a região da Serra Gaúcha foi classificada como bandeira preta pelas regras estabelecidas pelo governo do Estado no programa de distanciamento controlado instituído pelo Decreto Estadual nº 55.240 de 10/05/2020. Pelo referido programa, o Estado é divido em 21 regiões que são avaliadas semanalmente, sendo que cada região recebe uma classificação (bandeira) semanalmente.
Para a classificação ou definição da cor da Bandeira de cada uma das regiões, o Estado analisa, semanalmente, 11 (onze) itens que levam em consideração, em síntese, a velocidade do avanço, estágio da evolução na região, incidência de novos casos sobre a população, capacidade de atendimento e mudança da capacidade de atendimento. Cada um desses 11 itens recebe uma nota que, ao final somadas, nos coloca em determinada situação.
Assim, nesta semana, nossa média nos colocou em Bandeira Preta, o que significa que a nossa região, pelas regras do Estado é considerada de “risco altíssimo” de contaminação. No momento que escrevia essa coluna a taxa de ocupação de leitos de UTI, na região da Serra Gaúcha, era de 93,3%. Necessário salientar que a região da Serra possui 27 hospitais, os quais possuem 299 leitos de UTI, sendo 170 (SUS) e 129 (privados).
Em que pese entendimentos diversos, na minha ótica a situação presente é gravíssima, pois com a elevação diária dos números estamos à beira de 03 grandes consequências: a) colapso da rede de atendimento hospitalar, seja SUS e/ou rede privada, b) suspensão do modelo de cogestão, o qual ainda permite alguma “flexibilidade” por parte dos Município, c) a permanência de bandeira preta por mais de uma semana com restrições no funcionamento de inúmeras atividades econômicas, cujos prejuízos são inestimáveis.
Assim, embora já tenha dito em outras oportunidades, o momento existe extrema atenção. O preço a pagar, pelo descaso, pode ser muito alto.
